Com 58 dos 62 municípios do Amazonas atingidos pela cheia dos rios, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Roberto Cidade (PV), procurou o Governo Federal, por meio de indicação, solicitando ajuda humanitária para minimizar os prejuízos causados pela enchente. Até o momento, mais de 455 mil pessoas foram afetadas.
Roberto Cidade lembrou que, nesta semana, o Rio Negro alcançou a marca de maior enchente da cidade de Manaus, 29,98 metros. O número histórico uma paisagem bonita ao centro da cidade, mas gera um grande transtorno e prejuízo à população afetada, diz o documento enviado ao Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
“A cheia dos rios, acima do esperado para o período, além de desabrigar pessoas e alterar a rotina da população, atinge diretamente uma das principais fontes de renda das famílias do interior do estado e da zona rural de Manaus, a agricultura familiar”, pontuou.
Segundo a indicação, produtores agrícolas acumulam perdas da ordem de R$ 70 milhões (setenta milhões de reais), dado preocupante para um período já conturbado para a economia, como o da pandemia.
Cheias no Amazonas
O fenômeno da enchente e vazante dos rios da Bacia Amazônica já fazem parte do cotidiano do caboclo amazonense todos os anos. Entretanto, as mudanças climáticas do planeta têm afetado diretamente a maior bacia hidrográfica do mundo, fazendo com que fenômenos, antes raros, aconteçam com maior frequência nos últimos anos.
Exemplo disso são as cheias históricas no Estado do Amazonas, que durante muitos anos mantiveram-se em níveis aceitáveis, mas nos últimos anos tem alcançado níveis alarmantes, a exemplo da cheia do ano de 2012 e da atual que ainda está em curso.