As suspeitas de irregularidades, no Programa Bolsa Família, surgiram em virtude das inconsistências de dados de beneficiários. Os municípios amazonenses São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e São Paulo de Olivença têm mais de 14 mil registros com indícios de irregularidades.

Amazonas tem 32 mil registros com suspeitas de irregularidades no Bolsa Família
Há outros 18 mil cadastros de pessoas com suspeita de irregularidades em Manicoré e Ipixuna. O Tribunal de Contas da União (TCU) fez auditoria com cruzamento de dados dos beneficiários, nos dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O sistema que identifica e caracteriza socioeconomicamente as famílias brasileiras de baixa renda para a seleção de beneficiários de programas sociais, como Minha Casa Minha Vida, Tarifa Social de Energia Elétrica e Bolsa Família. Somente famílias com renda mensal per capita até R$ 77 ou com renda mensal per capita entre R$ 77,01 e R$ 154,00, que possuam pelo menos um membro entre zero e 17 anos, podem participar do Programa.
No Amazonas, 14.046 registros com inconsistência. São Gabriel da Cachoeira tem 7.494 casos e Santa Isabel do Rio Negro 3.127 ocupando a 2ª e 3ª colocação na lista de 20 cidades brasileiras com maiores percentuais de inconsistências nos registros.
O TCU determinou à Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) que, no prazo de 180 dias, indique as providências que serão adotadas em relação às inconsistências encontradas e revise os controles internos utilizados para a verificação da elegibilidade dos beneficiários do Programa Bolsa Família.