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5 anos atrásno
Por mais de um ano, um homem, de 36 anos, identificado como Leonardo Rodrigues de Oliveira Couto ficou transtornado e acreditando que a mulher havia o traído com um amigo dele. A desconfiança surgiu após ele estranhar a posição em que a companheira estava dormindo após todos participarem de uma festa na casa de Reinaldo Faria dos Santos, também de 36, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Durante o depoimento, ele alegou que, há cerca de um ano e meio, estava com a esposa em uma festa. A vítima, o Reinaldo, também estava com a mulher. O Reinaldo convidou o casal de amigos para dormir na casa dele. Ele (o suspeito) alegou que, na manhã seguinte, levantou-se para tomar banho e visualizou a posição que a esposa estaria deitada. Ao retornar, segundo ele, a esposa estaria com os cabelos arrumados e o travesseiro no chão. E, em virtude disso, desconfiou que ela teria praticado algum ato sexual com o Reinaldo naquele dia. Desde aquela data, ele passou a ter essa certeza que havia sido traído”, explicou o delegado Wellington Faria, da Delegacia de Homicídios de Ibirité.
Leonardo chegou a questionar a companheira por várias vezes, e ela sempre negava a traição. A mulher chegou a ser agredida pelo marido, mas não o denunciou. O casamento acabou, e o suspeito, alegando sofrer bullying por parte dos colegas de trabalho, devido à suposta traição, pediu demissão do emprego. Uma parte do acerto trabalhista, o homem usou para comprar uma arma no valor de R$ 4 mil, que usou para matar o amigo.
“Ele nunca chegou a questionar o Reinaldo anteriormente. Eram amigos, mas, após essa confraternização, o autor se afastou da vítima, voltando a procurá-la no dia do crime. Dos elementos de informações que nós conseguimos através das oitivas de diversas testemunhas, inclusive da ex-mulher do autor, isso partiu exclusivamente dele. Não tem nada nos autos que indique que ocorreu a traição”, detalhou o policial.
Noite anterior ao crime
Ao se ver sem a mulher, desempregado e ainda com a desconfiança da traição, o atirador contou aos policiais que ficou pensando no caso na noite anterior ao crime, e, na parte da manhã, resolveu procurar a vítima. Além de atirar, o bandido deu chutes e coronhadas na vítima várias vezes. Depois disso, ele se ajoelhou na frente da mãe da vítima e pediu perdão.
“Ele disse que é usuário de cocaína e toma bebidas alcoólicas, mas não estava sob efeito de nenhuma substância quando cometeu o crime. A arma, ele afirmou ter dispensado em Ribeirão das Neves, levou nossa equipe até o suposto local, mas ela não foi encontrada”, disse o delegado.
O homem, preso preventivamente, vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e meio que dificultou defesa da vítima, uma vez que Reinaldo foi baleado várias vezes pelas costas. Ele pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão.
Delegado Wellington Faria deu detalhes sobre o caso ocorrido em Ibirité, no dia 18 de outubro.
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