Publicado
3 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Aos 68 anos de idade, o decano do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), conselheiro Júlio Cabral, deu entrada no pedido de aposentadoria das atividades na Corte de Contas amazonense e teve o pedido deferido pelo colegiado na manhã desta terça-feira (29). O pedido foi lido pela presidente em exercício, conselheira Yara Lins dos Santos, no início da 10ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, e levou em conta motivos de saúde do conselheiro.
Aprovado de forma unânime pelos conselheiro da Corte, o acórdão com a decisão de aposentadoria do conselheiro foi publicado já na manhã de hoje e pode ser acessado por meio do Diário Oficial Eletrônico do TCE-AM (DOE).
Ao anunciar o pedido de aposentadoria, a conselheira-presidente em exercício, Yara Lins dos Santos, destacou a carreira de Júlio Cabral e deu destaque ao bom relacionamento que o decano da Corte teve com os colaboradores do TCE-AM desde sua posse, em 2000.
“Hoje é um dia de alegria, com uma mistura de saudade, posto que estamos a julgar o pedido de aposentadoria de um grande cidadão e servidor da coletividade amazonense, um honesto técnico, honrado e nobre conselheiro, e meu amigo de longas datas. Registro imensurável prazer que tive em dividir o plenário por tantas vezes com vossa excelência e reitero que labutar ao seu lado foi de grande aprendizado para mim. O Tribunal de Contas do Amazonas e toda a coletividade amazonense agradece, com absoluta certeza, o empenho e o trabalho desse grande homem público”, afirmou a conselheira.
A aposentadoria de Júlio Cabral acontece após quase 22 anos de serviços prestados à Corte de Contas amazonense. Ele foi nomeado conselheiro do Tribunal em 27 de abril do ano de 2000. Entre suas atividades, o decano já foi presidente do Tribunal, vice-presidente e ouvidor, além de ter presidido a 1ª e 2ª Câmara do TCE-AM.
Ausente da sessão, cumprindo agenda externa do TCE, o conselheiro-presidente Érico Desterro manifestou toda a admiração pelo agora conselheiro aposentado. “Além de um excelente homem público, íntegro e correto, Júlio Cabral é melhor ainda como ser humano e amigo. Ele encerra agora sua carreira como conselheiro do Tribunal, mas pode ter certeza que seu nome ficará marcado na história desta Casa. Desejo saúde e serenidade nessa nova fase da sua vida”, disse.
Logo após a votação que aprovou o pedido de aposentadoria do conselheiro Júlio Cabral, os demais integrantes do Tribunal Pleno teceram algumas palavras sobre a carreira do agora conselheiro-aposentado.
O coordenador da Escola de Contas Públicas (ECP), conselheiro Mario de Mello, destacou a integridade com que Júlio Cabral exerceu suas funções na Corte de Contas. “É preciso reiterar a excelente relação dessa casa com uma figura tão querida, competente e íntegra como é o Júlio Cabral. Reitero também que o nosso companheiro tenha muita luz e saúde nessa nova fase da vida que ele vai prosseguir”, afirmou.
Para o conselheiro-corregedor do TCE, Ari Moutinho Júnior, o momento é de se atentar à saúde. “Externo nosso afeto e carinho ao nosso decano da Corte, estimando as melhores condições, principalmente de saúde, ao eminente conselheiro e que, com certeza, nessa nova etapa de vida irá encontrar a paz devida para fortalecer cada vez mais a necessária atenção e resguardo com sua saúde”, ressaltou.
Ouvidor da Corte de Contas, o conselheiro Josué Cláudio comentou sobre o momento de aposentadoria, o qual, segundo ele, é inevitável e conclui um longo período de contribuições.
“Esse é um momento de muita reflexão, principalmente para o nosso colega e amigo Júlio Cabral, que merece todas as homenagens e parabenizações pelo tanto que contribuiu com esta corte e que nós pedimos e rogamos a Deus que esta nova fase seja de muita sabedoria, apesar de toda sabedoria já adquirida pelo tempo e pela idade. Que toda paz e saúde do mundo seja a realidade da vida dele, vamos nos distanciar apenas de forma presencial, porém o Júlio Cabral é aquela pessoa querida que todos nós guardamos dentro dos nossos corações”.
Em sua fala, conselheiro-convocado Alber Furtado manifestoua admiração pelo conselheiro. “Embora tenha convivido pouco com o conselheiro Júlio Cabral, percebi de imediato que ele é uma pessoa extremamente educada e correta. Já admirava o pai dele, José Bernardo Cabral. Torço para que ele recupere plenamente a saúde e possa aproveitar bons vinhos em Portugal”, afirmou
O auditor Mário Filho destacou o longo período de convívio que teve com Júlio Cabral no TCE-AM. “Para mim foi um privilégio muito grande ter convivido com ele neste plenário por 14 anos, desde que aqui cheguei. Nesta nova fase da vida do conselheiro, gostaria de desejar a ele muita saúde, para que possa ter vida plena em sua aposentadoria”, destacou.
Já o auditor Alípio Firmo Filho falou sobre a missão cumprida de Júlio Cabral. “A missão dada ao conselheiro Júlio Cabral no dia de sua posse está cumprida. Muito embora tenha uma personalidade forte, era ao mesmo tempo uma pessoa simples, doce e, sobretudo, amiga. Externo meu fraternal abraço a ele e desejo saúde e que se recupere nessa nova fase, continue sendo essa pessoa maravilhosa que nós aprendemos a conhecer e a admirar”, disse.
Vaga
A partir do pedido de aposentadoria, a Corte de Contas irá comunicar oficialmente a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e o Governo do Amazonas sobre a abertura de vaga oriunda da Assembleia. Após encaminhamento dos ofícios, a casa legislativa do Amazonas deve dar prosseguimento às medidas administrativas para preenchimento do cargo.
História
Além da longa trajetória como conselheiro no Tribunal de Contas do Amazonas, Antônio Júlio Bernardo Cabral possui extensa vida pública, sendo eleito deputado federal pelo estado de Roraima, ficando no mandato de 1991 a 1995. Graduado em direito pela Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro,, o conselheiro Júlio Cabral é filho único do senador José Bernardo Cabral e de Zuleide da Rocha Bernardo Cabral. Durante sua carreira, foi agraciado com importantes condecorações, como a Medalha Tiradentes, a Medalha do Pacificador e a Medalha Ruy Araújo. Foi nomeado conselheiro do TCE no ano de 2000 pelo então governador Amazonino Mendes, por indicação da maioria dos deputados estaduais.
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