Um avião militar russo com 92 pessoas a bordo caiu no mar Negro, logo após decolar do balneário de Sochi, no sudoeste da Rússia. O desaparecimento da aeronave e o encontro dos destroços do avião foram confirmados pelo Ministério da Defesa. O órgão informa que não há sobreviventes do desastre aéreo.
A aeronave decolou às 5h20 no horário local, 0h20 no horário de Brasília, com destino à base aérea russa de Khmeimim, na Síria, e sumiu dos radares 20 minutos após a decolagem, ao fazer uma manobra sobre águas russas. O governo russo descarta ação terrorista como a causa do acidente e já investiga o que teria ocasionado a queda da aeronave.
O avião é do modelo Tu-154, muito usado no transporte aéreo doméstico na Rússia. Fontes dos serviços de emergência indicaram que o Tu-154 procedia de Moscou e tinha feito escala no aeroporto de Sochi para reabastecer.
Fragmentos do Tu-154 do Ministério da Defesa russo foram encontrados a 1,5 km da costa do mar Negro a uma profundidade de 50 a 70 metros.
A aeronave viajavam com militares e integrantes do renomado coral e grupo de dança Alexandrov, do Exército russo, que participariam das comemorações de Ano Novo na base aérea síria de Khmeimim, em Latakia, onde a Rússia tem um agrupamento de aviões de guerra. Também estariam a bordo do voo 9 profissionais de imprensa. Elizaveta Glinka, conhecida como Dra Liza e diretora-executiva da Fair Aid, estava no voo, informou a BBC.
Segundo a CNN, as condições do clima no local no momento do desaparecimento estavam favoráveis. Foram iniciadas investigações para saber se houve violação das normas de segurança do transporte aéreo que pudesse ter provocado a queda.
O presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov, disse à agência russa Sputnik que a queda da aeronave pode ter ocorrido por um problema técnico ou falha humana, e não crê na hipótese de ação terrorista.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado imediatamente quando a aeronave desapareceu dos radares.
Imagem de janeiro de 2015 mostra uma aeronave Tu-154, do mesmo modelo do avião acidentado – Dmitry Petrochenko / AP
Fonte: G1