Pelo menos dois banhistas foram mordidos por piranhas em um flutuante localizado no lago do Tarumã, na orla Oeste de Manaus, neste final de semana. Um deles, o jornalista Danilo Alves, 25, disse ter sido mordido no dedão do pé. Outro frequentador do local, Raimundo Neto, afirmou ter um pedaço do calcanhar “arrancado” pelo peixe carnívoro típico de água doce, comum nos rios da Amazônia.
Banhista teve dedo mordido supostamente por piranha / Foto : ACrítica
O primeiro caso, com Raimundo Neto, aconteceu na última quinta (20), no flutuante Abaré SUP and Food. “Tomem muito cuidado ao frequentar os flutuantes da cidade […]. Fui atacado por piranha no flutuante Abaré. Tirou um pedaço do meu calcanhar. Que sirva de alerta porque assim como eu não fui avisado de que esses ataques estão acontecendo, os demais também não irão”, pediu Raimundo através de postagem nas redes sociais.
Já o jornalista Danilo Alves foi mordido por volta das 17h30 de sábado (21), também no Abaré SUP and Food. “Fui mordido por uma piranha durante banho de rio […]. Fui pego de surpresa, claro, e o peixe tirou parte do meu dedão. Eu sei que estamos em um período de transição climática, os rios da Amazônia estão baixos, por isso são mais fáceis dessas espécies aparecerem. Vale lembrar que já houve outros episódios parecidos com o meu”, relatou ele. “Um pouquinho de cuidado não faz mal”.
Após a repercussão dos ataques nas redes sociais, outros banhistas foram ao flutuante na tarde deste domingo (22), mas afirmaram à reportagem que todo o cuidado é pouco. A universitária Eduarda Moraes, frequentadora assídua do Abaré, contou que já é de se esperar ataques isolados de piranhas. “Sei que essa região tem piranhas, mas o estabelecimento tem que ter esse controle. Porém o desequilíbrio ecológico ocasiona essas situações”, disse.
O proprietário do flutuante, Diogo de Vasconcelos, também conversou com a reportagem do Portal A Crítica. Ele ressaltou que já existiam no estabelecimento placas com avisos genéricos aos banhistas sobre a possibilidade de piranhas no lago do Tarumã, mas hoje novas placas foram afixadas para reforçar o alerta aos frequentadores. “A partir das 17h30, o bombeiro vai recomendar às pessoas que pode aumentar o risco (de ataque)”, assegurou Diogo de Vasconcelos.
Atuando como guarda-vida em flutuantes de Manaus há cerca de três anos, Alessandro Santana disse ter sido a primeira vez que ouviu relatos sobre mordidas de piranhas nas águas da região. Ele deu um motivo para a ocorrência dos ataques. “Nessa época do ano, quando está começando a encher o rio, inicia o processo de reprodução delas (piranhas)”, explicou. O guarda-vida reforçou que tais ataques nunca ocorrem durante o dia e por isso os banhistas são orientados a não entrarem na água à noite.
Futuante Abaré fica no lago do Tarumã / Foto : ACrítica
Fonte : ACrítica