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Manaus, AM, Terça-Feira, 30 de Abril de 2024

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Lenda Amazônica : Conheça Jaci, a deusa da lua, dos amantes e da reprodução!

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Lenda Amazônica : Conheça Jaci, a deusa da lua, dos amantes e da reprodução!

Ela é a deusa da lua, dos amantes e da reprodução na mitologia tupi-guarani. Seu nome vem da palavra tupi Iacy, que significa “Mãe dos Frutos. Segundo a lenda, ela foi criada por Tupã, o grande criador e deus dos trovões e relâmpagos. Tupã criou Jaci para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e temor para os homens. Mais tarde, Tupã foi pego pelo seu charme, e no final acabou se apaixonando por ela. Outra lenda diz que Jaci na verdade foi criada por Guaraci (ou Coaraci), o Sol.

O amor de Guaraci e Jaci

Outra lenda conta que Jaci era irmã e amante do Deus Sol Guaraci (ou Coaraci). Um dia, Guaraci estava muito cansado e por isso teve que fechar os olhos para descansar um pouco. Com os olhos fechados, tudo foi abraçado pela escuridão e então, para iluminar tudo enquanto ele dormia, ele criou a lua, Jaci. Jaci era tão linda que Guaraci logo se apaixonou por ela. Infelizmente, quando ele abria os olhos para admirar a lua, ela sempre desaparecia. Então ele criou Ruda, o Amor e seu mensageiro, para que ele pudesse dizer a Jaci o quanto ele a amava. Além disso, Guaraci criou as estrelas, seus irmãos, para estarem com ela enquanto ele dorme.

Jaci, a deusa da Lua

Jaci, a deusa da Lua / Ilustração Daniele Mendes

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Jaci estava vagando pela Floresta amazônica, quando viu Guaraci. Ele era um guerreiro bonito, com olhos de fogo, pele dourada, e uma energia radiante. Guaraci observou Jaci e caiu em amor com sua beleza prateada e sua timidez. Conforme eles declaravam seu amor um pelo outro, Guaraci começou a queimar com tal paixão que ele percebeu que estava colocando a Terra em perigo. Ao mesmo tempo, Jaci estava tão dominada pelo amor que ela começou a chorar lágrimas de felicidade, que quase inundaram a Terra.

Incapazes de controlar suas emoções, Jaci e Guaraci decidiram que seria perigoso demais eles ficarem juntos. Relutantemente, eles concordaram nunca se encontrarem no mesmo local novamente. Guaraci logo esqueceu Jaci, que se certificou de nunca aparecer antes que Guaraci durma. No entanto, Jaci ficou tão inconsolável que ela chorava todas as noites. Suas lágrimas escorriam sobre as folhas das árvores, formando poças no chão da floresta e descendo pelas montanhas, criando assim o grande Rio Amazonas.

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Jaci, a deusa da Lua /Ilustração Bianca Duarte

Jaci /Ilustração Bianca Duarte

A Lenda da Vitória Régia

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Existe ainda uma lenda que dá a Jaci um caráter masculino. Nela, ele descia de vez em quando para buscar alguma bela virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Ouvindo aquilo, uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci e quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci. Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar quando saía para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Esperava sua subida e descida no horizonte e já quase de manhãzinha saia correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia, até que adoeceu.

De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar. Jaci de quando em quando descia à terra para buscar alguma bela virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Ouvindo aquilo, uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci e quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.

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Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do lago a fizeram exultar de felicidade! Naiá, em sua inocência, pensou que a Lua tinha vindo se banhar no lago e permitir que fosse tocada. Finalmente estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas, mas acabou se afogando.

Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas a refletir o clarão do luar. Jaci transformou-a na Vitória Régia, que sempre dança com as estrelas e com a lua, quando os lagos refletem o céu em todo o seu esplendor. Até hoje, em noites de lua cheia, Naiá abre suas flores brancas para se banhar com a luz de Jaci.

A Lenda da Vitória Régia / Ilustração Rodrigo Rosa

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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