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4 anos atrásno
Um dos monumentos mais bonitos da cidade de Manaus é o Chafariz das Musas, localizado na Praça Dom Pedro II, no Centro Histórico. O chafariz e o coreto foram recentemente revitalizados e para recuperar os elementos estruturais e prolongar a vida do bem cultural, ambos receberam tratamento anticorrosivo e pintura especial, realçando detalhes dos elementos artísticos do coreto e do conjunto escultórico do Chafariz das Musas, que voltou a funcionar abrilhantando o local.
O monumento escultórico decorativo, importado da Inglaterra, é todo feito em ferro fundido e composto por tronco com quatro corpos e duas bacias. Nos corpos há elementos simbólicos diferenciados, voltados para o mesmo significado: Deus Netuno, senhor dos mares e das fontes, na mitologia romana.
No primeiro corpo, no caso a parte mais baixa do monumento, há conchas e elemento associado à lua e a água, sobre os quais há crianças segurando tridente, atributo de Netuno, simbolizando a força e tripla possibilidade. Originalmente eram quatro, mas hoje existem apenas três. Entre as figuras há conchas emborcadas unidas por laço, com figura de menino com cântaro vertendo água.
Acima da base há quatro cabeças de Netuno. Netuno corresponde na mitologia grega a Poseidon, porém, há uma diferença entre o deus dos mares segundo a mitologia grega e romana. Enquanto Poseidon tinha caráter violento e agressivo, Netuno não, era apenas o senhor das águas.
Acima das cabeças de Netuno vêm as deusas. A primeira com uma lira, Erato, amável, indicando a poesia lírica. A segunda com um bastão , Talia, representa a comédia. A terceira com um livro fechado, é Caliope, representa a poesia épica, musa da eloquência. A quarta, segurando um tridente e na mão direita um pergaminho, é Clio, a proclamadora, musa da história.
Acima das musas está o pináculo, ladeado por quatro golfinhos, associados a Netuno com a ninfa marinha Anfitrite. No mesmo pináculo há quatro rosetas, símbolo da coroação final. Afixadas e esse tronco estão duas bacias.
Esse lindo monumento foi adquirido no governo de Eduardo Ribeiro (1892-96), à firma John Birch & Cia (Bohen & Berch), de Londres, por 2.275 libras e inaugurado em 14 de janeiro de 1895. Uma outra curiosidade é que uma peça igual a essa também existe no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e também de 1895, o que mostra justamente que em Manaus, durante o período da Belle Époque, não ficava para trás, tudo que se tinha na capital do Brasil (Rio de Janeiro à época), por aqui também se tinha.
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