O governo Bolsonaro pretende prorrogar o auxílio emergencial para trabalhadores informais e desempregados até dezembro deste ano. Mas com parcela de R$ 300, metade do valor pago atualmente. A informação foi dada nesta quinta-feira (20) pelo vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Rodrigues disse que o valor de R$ 300 foi definido pela equipe econômica do governo. “É um valor que vai continuar ajudando todos aqueles que estão passando por essa crise”, disse.
Atualmente, o pagamento de R$ 600 tem um custo mensal de R$ 50 bilhões para os cofres públicos. Mas esse valor é considerado insustentável pelo governo. Dados do IBGE mostram que mais de 30 milhões de famílias receberam a penúltima parcela do benefício em julho. Isso equivale a 44% dos domicílios do país.
Segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) os detalhes serão apresentados na terça-feira (25) na cerimônia de lançamento do Pró-Brasil, programa de obras do governo para recuperação econômica após a pandemia. A alteração para um valor menor poderá ser enviada pelo governo por meio de medida provisória.
O auxílio emergencial foi inicialmente aprovado pelo Congresso Nacional para durar três meses, mas foi prorrogado por mais dois meses, totalizando cinco parcelas, que terminam agora em agosto. Até o final de setembro, terminam também os repasses ao primeiro lote de aprovados pelo programa, inscritos pelo aplicativo e site ou que fazem parte do Cadastro Único.
Antes da aprovação, quando a matéria tramitava no Congresso, o governo Bolsonaro defendia o pagamento mensal de apenas R$ 200. Depois que o auxílio foi aprovado, o governo adotou o valor de R$ 600 no discurso para contabilizar para si os créditos políticos do programa. E agora fala em criar o programa Renda Brasil, ampliando o Bolsa Família para usar esse projeto eleitoralmente, com vistas à sua reeleição em 2022.
Imagem: Divulgação