Memórias do Amazonas
História do Bairro : Flores
Publicado
7 anos atrásno
A conquista de novos espaços no perímetro urbano da cidade, a partir da povoação da antiga Vila Municipal, atual Adrianópolis, se deu em direção a Zona Centro-Sul. As linhas dos bondes seguiram até o mais recente bairro da cidade. Em 1891, a área onde hoje é o bairro de Flores já era habitada por pequenos sitiantes, que usavam a terra para plantar hortaliças e frutas que eram comercializadas nas imediações do mercado Adolfo Lisboa.
O primeiro morador a adquirir um terreno pelas vias legais, onde hoje é o bairro, se chamava Francisco Flores e, em seu sítio, cultivava árvores frutíferas e mantinha criações de frangos e cavalos. Por este motivo, o bairro recebeu o nome de Flores, sendo sua porta de entrada a conhecida ponte dos Bilhares, que na atualidade está integrada ao bairro São Geraldo.
No início do século passado o bairro de Flores já era servido por linha de bonde, que se estendia até o “rendes vouz” o “Ângelus”, localizado na esquina de um pequeno ramal em frente do hospital psiquiátrico Eduardo Ribeiro, onde hoje fica o Baianos, com a Rua João Alfredo, hoje Djalma Batista. Daí em diante, os moradores seguiam a pé pelos ramais até a área conhecida como Franceses, que deu origem à estrada dos Franceses, atual avenida desembargador João Machado. Na comunidade dos Franceses estavam instaladas inúmeras caieiras, usadas na fabricação de carvão, produto de primeira necessidade na Manaus da época.
Isolado
No ano de 1950, com a desativação dos bondes em Manaus, o bairro de Flores ficou isolado, restando aos muitos moradores a única opção de caminhar até os limites da cidade para vender seus produtos agrícolas. Os sitiantes seguiam a pé, com tabuleiros de frutas na cabeça, até o mercado municipal Senador Cunha Melo e, de lá, embarcavam em caminhões em direção ao Centro da cidade. O aumento expressivo do crescimento urbano em direção àquela zona forçou o bairro a se modernizar em ampla escala. Dessa forma, o bairro de Flores, o maior da zona Centro-Sul, foi crescendo em número populacional por abrigar conjuntos residenciais dentro de seu perímetro que se tornaram independentes. Entre eles estão Parque das Laranjeiras e o Parque das Nações, cujas fronteiras estão bem próximas.
Bairros adjacentes
O Parque das Laranjeiras ganhou esse nome pela grande presença dessas árvores no imenso terreno próximo ao Aeroclube. A família Lins foi uma das pioneiras a habitar o território. O professor Nilton Lins inaugurou em 1986, no bairro, o colégio Anglo-Americano, situado à rua Marquês de Monte Alegre. Mais tarde, em 1988 iniciou no mesmo local as Faculdades Nilton Lins, que depois do crescimento e expansão ganhou o título de Centro Universitário Nilton Lins. O ambiente tornou-se conhecido e valorizado, atraindo pessoas de classe alta que povoaram o local com ótimos empreendimentos imobiliários.
Próxima dessa área privilegiada nasceu, em 1998, a invasão Parque das Nações, ainda pertencente ao Parque das Laranjeiras. Eram poucos moradores, vindos de diversos bairros da cidade que aventuraram viver num lugar sem nenhuma infra-estrutura. Depois do intenso povoamento na localidade, surgiram muitos furtos durante o dia, quando as galeras costumam invadir as casas. A noite também é arriscado passar pelas ruas mal iluminadas do bairro.
Igreja coordena comunidades
No bairro de Flores foi bastante intensa a evangelização católica. Há 24 anos foi construída a igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do bairro, com festa comemorativa no dia 12 de dezembro. Outras congregações foram se estabelecendo, como a igreja Batista Bíblica de Flores e a Presbiteriana Filadélfia. Atualmente a igreja católica coordena 13 comunidades eclesiais.
Localização
O bairro de Flores é traçado pelas principais avenidas de Manaus, como parte da Constantino Nery, Torquato Tapajós e Max Teixeira, com um perímetro de 1.317.99 hectares totalmente habitado, entre as zonas Centro- Sul e Norte. Está situado ao Norte
com a Colônia Santo Antônio, ao leste com a Cidade Nova, ao oeste com o Bairro da Paz e ao Sul com o Parque Dez de Novembro.
Durante o percurso de seu desenvolvimento foram construídos vários conjuntos habitacionais, entre eles estão Duque de Caxias, Parque das Laranjeiras, Flores, Rio Javari, Senador João Bosco, Anavilhanas, Santa Cruz, Beija Flor I e II, Rio Maracanã, Parque das Nações, Sargentos e Subtenentes da Policia Militar, São Judas Tadeu, além dos parques Eucalipto e São Miguel.
Aeroclube de Manaus
Na avenida Professor Nilton Lins, o Aeroclube de Manaus tem como data de fundação o dia 31 de agosto de 1940, por meio do decreto de nº 471, assinado pelo governador Álvaro Botelho Maia. O clube foi fundado com a principal finalidade de pouso e decolagem de aviões de pequeno porte e preparação de pilotos para este tipo de aeronave. Além de oferecer curso de páraquedismo.
Vivaldo Lima (Vivaldão)
O estádio Vivaldo Lima iniciou suas atividades no ano de 1969, no mês de fevereiro quando inaugurou seu gramado com a realização de um torneio juvenil de clubes locais. Mas em abril de 1970 foi inaugurado oficialmente com o clássico entre a Seleção Brasileira contra a seleção amazonense, com o placar favorável ao Brasil. A capacidade de público chega a 47.258 expectadores, contando com cadeiras nos setores “A” e “B” e no setor “C” especiais, além de possuir tribuna de honra e arquibancadas confortáveis. O estádio possui também em sua estrutura o gramado de 105m X 68m, cabines de imprensa, serviço de som, iluminação e vestiários.
Na parte interna, fica instalado o museu do estádio com exposição de fotografias desde os primeiros momentos da construção do estádio e suas personalidades mais importantes. Ainda há um salão nobre, sala vip e sala de conferência. O estádio oferece ao público um estacionamento próprio. Suas bilheterias e portões estão de acordo com os itens exigidos pela Federação Brasileira de Futebol.
Esporte, lazer e cultura
Na entrada do bairro se avista um dos cartões postais da cidade: o estádio de futebol Vivaldo Lima. O centro de convenções, conhecido como Sambódromo de Manaus, localizado na avenida Pedro Teixeira, ao lado do Vivaldão, é palco do desfiles das escolas de samba de Manaus, no Carnaval, shows musicais, conferências, e eventos de porte. Tem capacidade total para 100 mil pessoas nos seis módulos com capacidade para 5 mil pessoas cada um; 2 mini-módulos com capacidade de 3.000 cada um; uma “ferradura” com capacidade para 18.000 pessoas. Camarotes e especiais para 2000 lugares e mais de 50 mil lugares na parte da geral.
Ao longo do perímetro do bairro estão localizadas o Instituto Municipal de Trânsito (antiga
EMTU) e também a Rodoviária Central de Manaus, de onde partem e chegam ônibus das cidades de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Silves, Itapiranga, Manacapuru, Autazes, Carreiro da Várzea e Presidente Figueiredo, além de viagens para o Estado de Roraima e para a Venezuela.
Na área do Parque das Laranjeiras, o bairro mostra um cenário estruturado com a implantação da Universidade Nilton Lins, o Aeroclube de Manaus, centro de convenções e residências de luxo. Para quem vive em Flores, algumas opções de comércio facilitam a vida urbana, como o hipermercado Carrefour, o Instituto de Educação Superior CIESA, o Clube Municipal, concessionárias de veículos, motéis, panificadoras, restaurantes, transportadoras, a empresa Philips da Amazônia.
Fonte: Jornal do Commércio
Portal Amazônia – NR
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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