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Na trágica quinta-feira 11 de julho de 1996 o Amazonas entrava em luto. Morria de forma precoce no Rio de Janeiro, de parada cardíaca, quando jogava uma pelada na praia da Barra da Tijuca o futebolista amazonense Nininberg dos Santos Guerra, mais conhecido como Berg Guerra. O corpo veio para Manaus para ser velado no Ginásio do Atlético Rio Negro Clube e foi sepultado em Manaus, no domingo pela manhã, dia 14 de julho de 1996.
Berg nasceu a 16 de março de 1963 e desde cedo se destacou no infantil do time suburbano Comercial, passou pelo juvenil do América, defendeu o Rio Negro ainda como juvenil ao lado de Gilmar Popoca chegando a titular. Jogou o Campeonato Brasileiro e, pela atuação que teve contra o Flamengo, cujo resultado foi 1×1, em 1982, chamou a atenção do Botafogo, que o contratou.
Berg jogou ainda pelo Americano, de Campos, Atlético, do Paraná, América, do Rio, Madureira, Cerro Portenho, do Uruguai e por último pelo América, da cidade paulista de Rio Preto.
Um jogador de meio campo e de extrema habilidade do futebol brasileiro. Destacou-se com a camisa do Botafogo de Futebol e Regatas nos anos 1980 e 90, sendo bicampeão carioca pelo Botafogo nos anos de 1989 e 1990.
Berg era casado e deixou uma filha, hoje (2022) com 26 anos. Ninimberg Guerra dá nome hoje a um dos principais ginásios poliesportivos da capital amazonense, que fica localizado no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus. Seu irmão, Berg Guerra, cantor, adotou apelido do jogador, e, desde então, realiza shows de música brega no Norte do Brasil.
Ninimberg dos Santos Guerra, o ‘Berg’, saiu do Rio Negro (AM) para o Botafogo (RJ) em 1983, tendo atuado em 235 jogos e assinalado 39 gols pelo Glorioso, entre 1983 e 1988, 1990 e também 1993.
Títulos de Berg pelo Botafogo:
A vida pregou uma peça no craque. Berg morreu muito cedo. Aos 33 anos, ele tinha encerrado a carreira. Entretanto, foi disputar uma pelada com amigos. Acabou sofrendo uma parada cardíaca e não resistiu. Mas, deixou na cabeça dos botafoguenses a imagem do Anjo Loiro que brilhou em campo pelo clube.
Quando Berg deixou a vida já estava casado. A esposa era Marta Guedes. Do amor entre Berg e Marta, nasceu a pequena Bruna, o mais belo gol da breve carreira do craque amazonense. No entanto, a convivência entre pai e filha foi de pouco mais de sete meses. Logo após, veio a tragédia.
Vale lembrar que antes da chegada do Berg ao Botafogo, o time carioca amargava um jejum de títulos. Porém, mesmo assim conseguia montar bons times, que tinham grandes jogadores. Um exemplo disso era a presença de craques como o volante Alemão, o lateral-direito Josimar ou o meia Mendonça. Mas um jogador era o grande xodó da torcida. E ele não tinha menos talento. Era Ninimbergue dos Santos Guerra. Ou simplesmente Berg.
Na entrevista abaixo dá pra ver um pouco desse prestígio do amazonense no Botofogo, apesar de ninguém saber o nome alemão dele e o qual ele se orgulhava muito.
Berg foi descoberto pelo Botafogo após um amistosos do Glorioso com o Rio Negro de Manaus (AM). O time amazonense tinha sido campeão estadual e Berg deu uma canseira dos defensores botafoguenses. Também chamou a atenção de outros times. Mas a diretoria do clube carioca o contratou em 1983. Ele rapidamente caiu nas graças dos torcedores alvinegros. Além disso, teve seu talento reconhecido.
O jogador vinha brilhando durante a temporada de 1988, quando sofreu uma grave lesão no joelho direito e acabou tendo a carreira prejudicada. Voltou a jogar e chegou a ser campeão carioca pelo Botafogo em 1990. Porém, já era reserva nesta ocasião justamente por conta da falta de ritmo. Também integrou o elenco que foi campeão da Copa Conmebol de 1993.
Anaixo é possível ver como ele era decisivo naquele time do Fogão.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.