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Uma mãe, de 32 anos, procurou a polícia e registrou um caso de maus-tratos contra uma bebê de um ano, em Campo Grande. O caso corre em segredo de Justiça. Após pegar a filha na casa das babás (mãe e filha), a mãe da bebê percebeu que a criança possuía uma queimadura na mão direita.
Ela então resolveu procurar a polícia após levar a filha a uma pediatra. “Na hora a pediatra falou que aquilo não era acidente, parecia que a mão da minha filha foi segurada na água”.
Um boletim de ocorrência foi feito e a criança já passou pelo Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), que inclusive aponta que a queimadura ocorreu por imersão em água quente.
As babás inclusive já foram ouvidas na polícia. A mãe da criança diz que seu advogado informa que o resultado dos exames do Imol ocorreu por submersão da mão da criança em água quente de forma intencional.
Segundo a mãe da bebê, que é auxiliar de enfermagem, mãe e filha — que cuidaram da menina por aproximadamente cinco meses — disseram inicialmente que a bebê se acidentou ao colocar a mão na água quente da banheira do banho. A auxiliar de enfermagem falou que deixava a filha com as babás para poder ir trabalhar. Atualmente não está mais trabalhando para cuidar da filha.
A mãe relata mudança no comportamento da menina, como dificuldade para dormir e irritabilidade. Ela também menciona que, na época, a filha não a deixava encostar em sua cabeça para arrumar o cabelo. “Parecia que ela estava sentindo dor na cabeça”, diz
“Pareciam ser pessoas confiáveis, somos vizinhas há sete anos. Pareciam ser pessoas super boas, bondosas, inclusive elas que se ofereceram para cuidar da minha filha. Eram super carismáticas, super bondosas. Eu confiei, confiava de olho fechado, tanto que quando aconteceu, eu achei que era acidente. Quando eu fui fazer o bo, eu falei que eu só queria saber a verdade porque elas estavam me omitindo alguma coisa”.
“Desde o início ela (babá) tentou me contar quatro versões diferentes e eu achei muito estranho. E ela ficava tentando conversar comigo, eu evitava, acho que ela queria que eu tirasse o boletim de ocorrência e que eu acreditasse que foi um acidente”, disse a mãe. Após os exames do Imol e o registro do boletim de ocorrência, o caso foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
“Minha filha ficou aos cuidados das duas por cinco meses, a minha filha não falava né, então é revoltante isso, minha filha sofria maus-tratos constantes, ela apresentava algumas coisas, mais eu achava, como mãe de primeira viagem, que era normal porque era bebê, não achava que elas judiavam, maltratavam minha filha, até acontecer esse fato da mão. Também quero que sirva de alerta para as mães, que confiam nas pessoas. Às vezes, vê uma coisa ou outra e acredita que não, que a pessoa não tem coragem, isso foi uma tortura, para minha filha totalmente indefesa”, disse.