O deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, entrou na última segunda-feira (20), com uma ação de justificação para pedir sua desfiliação partidária do Partido Liberal (PL), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Marcelo Ramos entra com ação no TSE para ter direito de se desfiliar do PL, sem perder o mandato – Imagem: Divulgação
Marcelo Ramos nunca disfarçou sua aversão ao presidente Jair Bolsonaro, e desde que foi cogitada a ideia de que os dois poderiam ficar no mesmo partido, Ramos se posicionou afirmando que onde estivesse Bolsonaro, ele não ficaria.
O deputado pede o reconhecimento de sua saída do PL, sem nenhum prejuízo ao seu mandato atual. “Acabo de ajuizar a ação para que o TSE reconheça meu direito de me desfiliar do PL, sem perder o mandato. A despeito de ter a carta de anuência, não quero que fique nenhuma dúvida de que minha desfiliação tem permissão constitucional e legal”, disse Ramos agora há pouco.
A ação declaratória tem caráter liminar, ou seja, pede que a decisão seja proferida pelo colegiado com urgência. “Aproveito para renovar minha gratidão ao presidente Valdemar e a toda a bancada do PL, que sempre me apoiou e respeitou”, afirmou Marcelo Ramos.
No último dia (07), Marcelo Ramos já havia anunciado a saída amigável do PL e agradeceu o respeito do presidente Valdemar da Costa Neto. Na ocasião, o parlamentar afirmou que ambos entraram em consentimento e que Valdemar assinou a carta que autoriza a desfiliação, bem como a posição de Ramos na Casa.
“Seria um constrangimento para o presidente, para o partido, ter um dos seus membros criticando o presidente vez por outra, e seria por outro lado um constrangimento para mim ser filiado ao mesmo partido de um presidente que eu não acredito que seja o melhor para o futuro do nosso país”, explicou.