Memórias do Amazonas
Monumento Tenente Roxana Bonessi
Quem construiu o monumento foi o pai dela e justamente no local por onde passam muitos militares.
Quem construiu o monumento foi o pai dela e justamente no local por onde passam muitos militares.
Publicado
11 anos atrásno
O monumento Tenente Roxana Bonessi é um monumento erguido no bairro São Jorge em Manaus, como uma maneira de homenagear as mulheres e crianças vítimas de violência. Esse monumento é dedicado à ex-tenente do Exército Brasileiro Roxana Pereira Bonessi Cohen, de 27 anos, que foi brutalmente assassinada em 02 de dezembro de 2002, pelo capitão do Exército Paulo Nelson Lima Loureiro.
Quem construiu o monumento foi o pai dela e justamente no local por onde passam muitos militares, para que a história não fosse esquecida, pois ela era uma pessoa muito querida pela comunidade manauara.
No monumento, Roxana aparece sentada dentro de uma ostra gigante sendo carregadas por alguns golfinhos, pode-se perceber a presença de outros elementos marítimos como uma tartaruga marinha, uma estrela do mar e um polvo. Além disso, existem algumas bíblias com mensagens de carinho e uma placa memorial com a foto da tenente Roxana Bonessi.
Ajudam a compor o memorial dois livros (da vida e da lei) e duas placas (do memorial e dedicatória).
Além do monumento no bairro do São Jorge, existem outros itens espalhados em Manaus para que não se perca a memória dessa tragédia. Podemos citar a cruz em homenagem a Tenente Roxana Bonessi que ficava na estrada que dá acesso ao Distrito Industrial II, Zona Leste de Manaus.
A Cruz que homenageava a Tenente Roxana Bonessi foi arrancada do ponto onde estava localizada na Zona Leste de Manaus e jogada em matagal.
Existe também uma Escola Estadual em sua homenagem a Escola Estadual de Tempo Integral Roxana Bonessi , localizada na Rua Enzo Ferrari, s nº. Bairro Colônia Oliveira Machado, e uma Avenida a Avenida Tenente Roxana Bonessi, no Monte das Oliveira, zona norte.
Roxana Pereira Bonessi Cohen, foi morta em 2002 com uma facada no pescoço pelo ex-namorado, o capitão do exército, Paulo Nelson Lima Loureiro. O capitão Paulo Loureiro, na época, servia junto com a tenente Roxana na ICFEX [Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército]. Ele já servia lá há anos e era um ‘pegador’.
O capitão então se apaixonou pela jovem Roxana e viveram um caso de amor, porém, o capitão era casado. Como ele era casado, a tenente resolveu terminar o relacionamento extra-conjugal e o mesmo não aceitou.
Uma tardinha na saída do expediente ele a abordou no estacionamento, e presume-se que foi ai que começou a briga, pois o mesmo não aceitava o rompimento (estava apaixonado por ela) e o resto são especulações. Ele foi julgado [IPM= Inquérito Policial Militar] e expulso do EB [Exército Brasileiro], alguns dizem que ele e a esposa se acertaram, especula-se, inclusive, que ele tenha algum emprego e vivam juntos até hoje
Outra matéria publicada no Superior Tribunal Militar reporta o seguinte.
O homicídio ocorreu no dia 02 de dezembro de 2002, quando o capitão do exército Paulo Nelson Loureiro matou, a golpe de faca, a 2ª tenente Roxana Cohen, na garagem da 12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército, na capital amazonense.
O ato foi feito em retaliação ao término do caso extraconjugal mantido entre o capitão e a tenente. Na sua versão, o condenado sustentou que a tenente havia se ferido ao cair acidentalmente sobre uma faca que ela mesma trazia nas mãos.
Após cometer o assassinato, o capitão pôs o corpo da oficial no porta-malas do carro e o deixou em um lixão, nas proximidades do Colégio Agrícola. Em seguida, o militar voltou à cena do crime e tentou apagar os indícios de seu ato.
Seu nome surgiu nas investigações porque o capitão do Exército deu entrada no Pronto-Socorro 28 de Agosto com ferimentos de faca em seu corpo. Uma revista em seu carro, um Fiat-Brava JXS-4600, localizou a bainha protetora da faca que foi usada no crime e duas toalhas ensanguentadas.
Todo o material encontrado foi encaminhado para exames periciais.
Em 2003, o militar havia sido condenado a 15 anos de prisão, em primeira instância, pela Auditoria da 12ª Circunscrição Judiciária Militar, em Manaus. Dois anos depois, em 2005, o STM deu provimento a recurso do Ministério Público Militar e decidiu majorar a pena para 25 anos.
Na ocasião, o Tribunal acatou a tese de homicídio qualificado apresentado pela acusação, ao alegar as seguintes razões: motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e caso em que o agente se prevalece da situação de serviço. Além disso, a pena foi aumentada pelo fato de o autor ter utilizado arma de serviço.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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