A mulher identificada como, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, presa em agosto de 2024 após ser acusada de envenenar dois irmãos de 8 e 7 anos em Parnaíba, no Piauí, foi solta nesta segunda-feira (13/1) após o laudo de uma perícia feita nos cajus apontar que não havia presença de veneno neles.
Lucélia saiu da penitenciária localizada na Zona Sul de Teresina, por volta das 19h desta segunda, e ao deixar o local, ela concedeu entrevista aos jornalistas que a esperavam na porta da Penitenciária Feminina Gardência Gomes.
Logo após ser presa, Lucélia teve a casa incendiada e destruída pela população, em Parnaíba. Agora, livre, Lucélia deve ficar na casa de familiares. De acordo com Sammai Cavalcante, o advogado defesa, Lucélia se declarava inocente desde a prisão.
Laudo da perícia descartou veneno em cajus
Na manhã desta segunda-feira (13/1) a Justiça do Piauí determinou a soltura de Lucélia. A decisão, assinada pela juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, saiu após um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), feito cinco meses depois da morte dos meninos, descartar a presença de veneno nos cajus que teriam sido entregues a eles por Lucélia.
O resultado saiu um dia depois que Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, foi preso como principal suspeito de envenenar um baião de dois comido por quase toda a família em um almoço no primeiro dia deste ano, que resultou na morte de quatro pessoas.
O advogado de defesa de Lucélia, Sammai Cavalcante, comentou que os fatos novos, (a investigação do envenenamento da mãe das crianças e de outras pessoas da mesma família) desencadearam a perícia do IML, que indicou que os cajus não estavam envenenados.
A investigação do caso dos irmãos mortos em agosto e novembro de 2024 foi reaberta e as suspeitas do crime também recaem sobre o avó das crianças, Francisco.
Lucélia está presa desde agosto de 2024 e foi denunciada pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) por duplo homicídio qualificado, com audiência de instrução e julgamento do caso marcada para dia 23 de janeiro. Porém com o resultado do laudo dos cajus, o próprio MP pediu a revogação da prisão da acusada. A defesa da mulher afirmou que após a confirmação da sua inocência pretende buscar ressarcimento pelos danos causados a ela, como a destruição da sua casa.
Confira a entrevista dada por Lucélia logo que foi solta da prisão:
