Enquanto vasculhava pela internet, acabei encontrando um post chamado o Amazonas e seu idioma. Tratava sobre o amazonense e seu sotaque.
Então rapidamente criei esse post juntando o texto do blog Sotaques com o vídeo do blog Pelamordi. Confira a suruba que ficou.
Eu sou amazonense. Não um exemplar-padrão, pois sou branca que nem um picolé de coalhada, tenho cabelo cacheado e não uso short de lycra fora de casa em hipótese alguma.
Mas sou amazonense, de Manaus. E gosto muito de ser amazonense.E adoro morar em Manaus, tendo plena consciência de que não é a cidade mais linda, mais organizada e mais rica do mundo.
Manaus recebeu intensa migração de nordestinos, em três levas: no auge da cultura da borracha (1890-1910); no segundo surto da borracha (segunda Guerra); e na época da criação da Zona Franca de Manaus, com a contrusção de muitas fábricas, precisando de Mão-de-obra.
O sotaque amazonense é tudo de bom
Por conta dessa intensa migração nordestina, os hábitos e cultura daqui têm muito de nordestino. É difícil encontrar algo que seja 100% amazonense.
Pois uma das coisas que eu mais gosto daqui é o sotaque.
Vou dar um exemplo: hoje mesmo, estava no SuperMercadinho (aqui em Manaus o que mais tem é SuperMercadinho, ou tabernas), comprando pão. E, ao lado do caixa, tinha uns sacos de castanhas de caju salgadas (nham, nham), daquelas que se come como aperitivo.
Pela embalagem, vi que era produto de fabriqueta, local, preso com grampeador, e tudo. E morri de rir quando li o nome fantasia das castanhas.
“A Castainha”
Nada pode ser mais amazonense do que essa ” engolida” do NH. Enquanto o paraense triplica o NH (Castanhénha, como falam meu namorado e minha mãe), o amazonense suprime o dígrafo (castaînha, como eu falo – SIM, EU FALO ASSIM).
Ri alto, feliz por ver escrito bem ali que eu era igual a muita gente, ligada a um monte de engolidores de dígrafos que nasceram no mesmo lugar que eu.
Na prática você pode conferir esse PelamordiVideo