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3 anos atrásno
Uma pesquisa desenvolvida por um consórcio internacional de cientistas, o COVID Human Genet Effort, quer entender por que algumas pessoas não são contaminadas pelo coronavírus mesmo após terem contato íntimo e prolongado com quem foi diagnosticado com a COVID-19. “Nós estamos em busca daqueles casos em que, por exemplo, um casal dividiu a mesma cama, esteve junto sem máscara, e um deles teve a doença na forma grave, e o outro não teve sequer o vírus detectado no organismo”, explica Carolina Prando, médica imunologista e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, de Curitiba.
“Publicamos um artigo na Nature Immunology que definimos como conceitual: nele, a pergunta central é: nos moldes de outras situações onde variantes genéticas mostram que existem pessoas resistentes a determinadas doenças, isso também acontece com a COVID-19? A partir desse questionamento, nós apontamos caminhos para encontrar essa resposta”, define a especialista.
Cerca de 500 amostras já foram avaliadas. “Fazemos o sequenciamento de cerca de 20 mil genes de cada um para compararmos o que aqueles que chamamos resistentes têm em comum e, após isso, vamos comparar estas características com quem foi diagnosticado com a doença na forma aguda e o que há de diferente entre esses dois grupos.” O resultado desses estudos deve ser divulgado já em 2022.
O consórcio COVID Human Genetic Effort é liderado pelos pesquisadores Jean-Laurent Casanova, da The Rockefeller University, e Helen Su, do NIH. O projeto reúne imunologistas do mundo inteiro. No Brasil, participa da diretoria do consórcio, além da médica Carolina Prando, o imunologista professor doutor Antonio Condino Neto, da USP.
Em outra pesquisa divulgada recentemente, cerca de 10% dos casos críticos de pneumonia pela COVID-19 são causados pela presença de autoanticorpos no sangue dos pacientes. No subgrupo de casos letais, o índice dos autoanticorpos chega a 20%. Esses anticorpos visam especificamente aos interferons tipo 1 (IFN 1), considerados essenciais na defesa do organismo em relação às infecções virais, incluindo o novo coronavírus.
O estudo sobre a resistência ao SARS-CoV-2 é desenvolvido no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, que faz parte do Complexo Pequeno Príncipe, formado também pelo Hospital Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe. Foi criado em 2006, com a missão de aumentar o percentual de cura de doenças complexas da criança e do adolescente.
Nestes 15 anos de vida, o Instituto fez inúmeras descobertas, com avanços no diagnóstico e tratamento de diversas doenças graves. Atualmente, mais de cem projetos estão em desenvolvimento, incluindo os que envolvem diagnóstico, tratamento, fisiopatologia e/ou busca de outros conhecimentos sobre as manifestações clínicas da COVID-19, síndromes associadas e sequelas causadas pelo SARS-CoV-2.
Muitos projetos desenvolvidos no Instituto impactam diretamente a assistência, ou seja, o conhecimento obtido por meio das pesquisas é transformado em atendimento direto às crianças e adolescentes em tratamento no Hospital, proporcionando diagnósticos e tratamentos mais assertivos, que se traduzem em mais oportunidades de saúde e vida aos pacientes do Hospital Pequeno Príncipe.
Para saber mais sobre as pesquisas do Instituto, acesse:
www.pelepequenoprincipe.org.br
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