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Manaus, AM, sexta, 15 de novembro de 2024

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Por que as pessoas se depilam? Entenda como essa prática começou

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O padrão de beleza mudou bastante ao longo da história, mas o que não mudou foi o fato de as pessoas continuarem tentando alcançá-lo. Mesmo que, hoje em dia, a valorização da beleza natural seja absolutamente encorajada, tem aqueles que buscam um padrão para se encaixar.

Seja para chegar em uma meta desejada ou para melhorar alguma coisa em nós mesmos todos queremos ficar e nos sentir mais bonitos. Sendo assim, algumas práticas acabam sendo recorrentes na busca pela beleza e se sentir bem. Depilar é uma delas.

Contudo, várias pessoas ao redor do mundo citaram que uma das maiores vantagens do isolamento social foi não ter que se depilar. Isso faz muito sentido, porque, geralmente, a depilação é um processo doloroso, caro e desconfortável.

Então por que as mulheres principalmente sentem a pressão de ter a pele lisinha? Ao longo dos anos, os pelos corporais moldaram a dinâmica de gênero, diferenciavam classes sociais, definiam o conceito de feminilidade e controlavam as mulheres por conta da vergonha.

Felizmente esse cenário está mudando. As mulheres estão reagindo cada vez mais contra esses estigmas e defendendo sua liberdade de escolha. Tanto que, celebridades e influenciadoras digitais tem postado fotos de suas axilas ao natural. E rebatido as críticas com o objetivo de normalizar os pelos.

Começo

 

A depilação já existia na época do Egito Antigo, na Grécia e no Império Romano. Nessas épocas, eles usavam conchas, cera de abelha e outros métodos para conseguirem tirar os pelos. Já nessa época. os romanos associavam a pele lisa à classe e pureza. E a depilação não era uma coisa restringida apenas as mulheres.

No Oriente Médio, e no leste e sul da Ásia, a depilação com linha era usada no rosto todo menos em uma parte. A monocelha era considerada atraente para os dois sexos. E elas até eram marcadas com as primeiras versões de um delineador. E na Pérsia, a depilação e modelagem da sobrancelha significava que a mulher já era adulta e estava prestes a se casar.

Na Idade Média, era esperado que as mulheres católicas mantivessem seus pelos como uma forma de feminilidade. Contudo, também era esperado que elas escondessem seus pelos em público. E por conta da Rainha Elizabeth I, que chegou ao poder em 1558, a remoção das sobrancelhas virou moda.

Até o fim do século XVIII, as mulheres europeias e americanas não eram pressionadas a tirarem os pelos. Mas com a invenção do primeiro barbeador seguro para homens, em 1760, algumas mulheres começaram a usá-lo para remover seus pelos.

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Noção moderna

Segundo Rebecca Herzig, em “Plucked A History Of Hair Removal”, a noção moderna de que os pelos corporais não eram atraentes pode ser rastreada até o livro de Darwin, “Descendência do Homem”, de 1871.

De acordo com ela, a famosa teoria de Darwin relacionou os pelos do corpo a formas primitivas e menos desenvolvidas dos nossos ancestrais. Então, ele associou a pele lisa com a evolução e atratividade sexual.

No século XIX, “especialistas” científicos começaram a relacionar os pelos, quase sempre os femininos, com doenças, loucura e outras condições terríveis. Foi nesse século então que começou a primeira onda de pressão social para a remoção dos pelos.

Como aponta Rebecca, isso era uma forma de controle social de gênero sobre o papel feminino na sociedade. E foi uma forma inicial e heteronormativa de controlar os corpos e mentes femininos através da vergonha.

Século XX

No começo do século XX, a pele sem pelos já dominava a América branca das classes média e alta. E era visto como um olhar distinto de feminilidade. Além do que, remover os pelos era uma forma de se diferenciar das classes mais baixas.

Em 1915, a revista Harper’s Bazaar foi a primeira revista feminina a fazer uma campanha sobre a “necessidade” de se depilar as axilas. Nesse ano, a Gillette lançou sua primeira máquina de barbear para mulheres.

Na década de 1950, a revista Playboy estreou. E mulheres depiladas e com pouca roupa foram associadas à sensualidade. E em 1964, 98% das mulheres americanas, entre 15 e 44 anos, estavam depilando as pernas regularmente.

O conceito de homens se depilando ou mulheres deixando os pelos cresceram é o oposto do que a sociedade espera. Por isso, logo virou um fato que causou estranheza. O que acabou reforçando ainda mais as pressões heteronormativas de quem deve fazer o que com seus pelos corporais.

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Atualmente

Nos anos 2010, uma consciência mais profunda dessas restrições que cercam o corpo feminino, além do feminismo, gênero e sexualidade, acabou inspirando uma multidão de mulheres mais jovens a reagir contra esses estigmas que foram colocados a tanto tempo.

Então, famosas começaram a postar mais fotos com pelos corporais. E até a própria Haper’s Bazaar publicou uma campanha com a modelo Emily Ratajkowski com axilas não depiladas.

Através de pequenas coisas as mulheres estão se empoderando cada vez mais. E a rejeição da depilação e os pelos corporais logo se tornaram um símbolo para revolução, ativismo e mudança social.

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Criador de conteúdo, Editor de Vídeos e as vezes comediante Um amante da fotografia e vídeos cômicos Criando a vida dos meus sonhos um dia de cada vez Você não sabe o quanto eu caminhei… Para chegar até aqui…

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