Uma data muito importante para a cidade de Manaus e a história do Amazonas sem dúvida é a data 24 de Maio. Data essa que dá o nome à uma importante rua no Centro de Manaus. 24 de maio de 1884 é a data em que Manaus libertou os escravos, quatro anos antes da Princesa Isabel assinar a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.
Vale ressaltar ainda, que naquele mesmo ano, dois meses depois, o Amazonas resolveu de uma vez por todas abolir a escravidão na data de 10 de julho de 1884.
“Local onde atualmente está instalada a Praça da Saudade. (Imagem: Acervo/Patrícia Melo)
Apesar de precoce, Manaus, no entanto, foi a segunda cidade brasileira a abolir a escravidão. A primeira foi a cidade de Acarape, no Ceará, que deu liberdade aos escravos em 1º de janeiro de 1883 e o Estado do Ceará, foi palco da libertação em 25 de março de 1884.
No Amazonas, o presidente da província, Theodureto Carlos de Faria Souto, um cearense, foi quem decretou a abolição. Este fato histórico ocorreu há 139 anos na Praça 28 de setembro, hoje Praça Heliodoro Balbi.
Um outro fato importante, o Dr. Theodureto Carlos de Farias Souto governou a província do Amazonas somente de 11 de março a 12 de julho de 1884.
Outros nomes se destacaram na emancipação dos escravos no Amazonas, tais como:
- Theodureto Carlos de Faria Souto;
- Emílio José Moreira;
- Elisa Souto;
- Manoel D’Azevedo da Silva Ramos;
- Manoel de Miranda Leão;
- Gustavo Augusto Ramos Ferreira;
- Luiza C. C. De Miranda Leão;
- João Pedro de Castro e Costa;
- Antônio Guerreiro Antony;
- Maria de Lemos Braule Pinto;
- Manoel Joaquim de Castro e Costa;
- José Estelita Tapajós;
- Raimundo Salles Monteiro Tapajós;
- Antônio de Souza Chaves.
Theodureto Carlos de Faria Souto / Foto: Acervo Abrahim Baze.
De acordo com o Censo em 1872 – o primeiro na história do Brasil –, haviam 979 escravos negros no Amazonas. No Mato Grosso, por exemplo, havia 6,6 mil pessoas escravizadas no mesmo período.
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