Lenda Amazônica : Saiba quem é a Cobra Caninana - No Amazonas é Assim
Nos Siga nas Redes Sociais
Manaus, AM, Segunda-Feira, 18 de Março de 2024

Lendas Amazônicas

Lenda Amazônica : Saiba quem é a Cobra Caninana

Publicado

no

Lenda da cobra Honorato (Norato) e cobra Maria Caninana

Uma das lendas mais famosas da Amazônia é a lenda da Cobra Grande. A lenda fala sobre uma serprente que cresce de forma desmesurada e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a habitar a parte profunda dos rios. Ao rastejar pela terra firme, os sulcos que deixa se transformam nos igarapés. Essa cobra grande também é conhecida como Boiúna.

Conta-se que uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina que se chamou de Maria Caninana e um menino chamado de Honorato. Para que ninguém soubesse da gravidez, a mãe tentou matar os recém-nascidos jogando-os no rio. Mas eles não morreram e nas águas foram se criando como cobras. Você pode clicar aqui para ler a Lenda da cobra Honorato (Norato) e cobra Maria Caninana.

Ontem (16), na Rede Record, durante o programa “A Fazenda”, o peão Rico Melquiades chamou a peoa Dayane Mello de Cobra Caninana e o trecho viralizou nas redes sociais. Abaixo é possível ver essa menção. E se você não sabe quem é a Cobra Caninana, esse post é pra você.

Quem é a Cobra Caninana

Os dois filhos da Boiuna com a Índia foram crescendo e adquirindo personalidades opostas. Enquanto o Honorato ( você também pode encontrar com o nome Norato) era o filho bom, a Cobra Maria Caninana era a filha má.  Eles foram criados livremente, revirando ao sol os dorsos negros, mergulhando nos banzeiros e alegria selvagem.

Cobra Honorato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. Vez por outra ia visitar a tapuia* velha, em seu tejupar* . Nadava para a margem esperando a noite.

Quando apareciam as estrelas e a aracuã* deixava de cantar, A Cobra Caninana saía d’água, arrastando o corpo enorme pela areia que rangia. Vinha coleando, subindo, até a barranco. Sacudia-se todo, brilhando as escamas na luz das estrelas. E deixava o couro monstruoso da cobra, erguendo-se uma moça bonita e vistosa. Assim como seu irmão Honorato, saiam como pessoas normais.

A Cobra Honorato salvou muita gente de morrer afogada. Desvirou embarcações e venceu peixes grandes e ferozes. Por causa dele a Piraíba do Rio Negro abandonou a região, depois de uma luta de três dias e três noites.

Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM

Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. Nunca procurou a velha tapuia que morava no tejupar.

Numa cidadezinha do amazonas, que ninguém sabe ao certo qual, vivia uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Igreja Matriz. Sua cauda está no fundo do rio. Se a serpente acordar, a Igreja cairá e a cidade desaparecerá. Maria Caninana de má que é, mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz.

Visto que a Caninana tinha esses comportamentos e aterrorizava as embarcações no Rio Amazonas, a Cobra Norato matou então a Cobra Maria Caninana e ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios e no silêncio dos paranás do arquipélago Mariuá.

Lenda da cobra Honorato (Norato) e cobra Maria Caninana

Lenda da cobra Honorato (Norato) e cobra Maria Caninana

Vocabulário

*Aracuã : é uma ave que faz muito barulho de manhã na beiro do rio.

Aracuã

*A tapuia: a índia.

Albert Eckhout, pintura chamada A Tapuia do ano 1641

*Tejupar: cabana.

Tepujar

Mucambo ou mocambopalhoça ou tejupar são denominações dadas a moradias construídas artesanalmente, muitas vezes de frágil constituição. Apresenta diferenças no Brasil mais de natureza regional, conforme o material empregado na sua construção – folha de buriti, palha de coqueiro, palha de cana, capim, sapé, lata velha, pedaços de flandres ou de madeira, cipó ou prego – do que de tipo, numas regiões mais africano, noutras mais indígena. Deve-se notar que o mucambo dos índios – o tejupar – feito de palha, que os primeiros cronistas acharam-no parecido com a cabana portuguesa dos camponeses do Norte. Dessas cabanas algumas eram de colmo; outras construídas de madeira ou barro amassado. A coberta de colmo usou-se até o século XVIII, de modo que Portugal já nos trazia a tradição do mucambo.

Deixe seu comentário aqui embaixo 👇…
Publicidade
Confira as últimas notícias do TCE-AM
LEIA TAMBÉM  Lenda Amazônica com Inteligência Artificial : A Lenda do Peixe-Boi

Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

Lendas Amazônicas, Urbanas e Folclóricas!

Notícias da ALE-AM

Curta a gente no Facebook

Bora Falar de Direito?

Confira as dicas de direito

Prefeitura de Manaus

Últimas notícias da Prefeitura de Manaus

Governo do Amazonas

Últimas notícias do Governo do AM

Tribunal de Contas do Amazonas

Últimas Notícias do TCE-AM

Águas de Manaus

Últimas notícias da Águas de Manaus

Assembleia Legislativa do AM

Últimas notícias da ALE-AM

Entre em nosso Grupo no Whatsapp

Participe do nosso grupo no Whatsapp

Últimas Atualizações