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4 anos atrásno
Com a retirada de propagandas e de grandes painéis de publicidade de lojas e prédios no perímetro do Centro Histórico de Manaus, uma nova cidade passou a ser revelada e pode ser observada em suas fachadas. Arquiteturas dos anos 1920 e 1950 voltam a ser exibidas com menor poluição visual. A despoluição é um trabalho realizado pela Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), e faz parte das ações da gestão do prefeito David Almeida, de revitalização da arquitetura de capital.
“Proprietários, empreendedores e lojistas são participantes desta jornada de construção e revitalização da área onde Manaus nasceu e se expandiu. Os bens de valor histórico e arquitetônico fazem parte da nossa cultura e devemos ter em mente sua proteção, dentro de conceitos atualizados para recuperação urbana e valorização desses espaços. Buscamos, conforme meta do prefeito David Almeida, uma Manaus melhor e que respeita sua história”, disse o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.
O trabalho segue a aplicação do “Manual de Placas – Parâmetros para Publicidade, Bancas e Recomposição de Fachadas no Sítio Histórico e Centro Antigo da Cidade de Manaus” e tem a coordenação da Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) do Implurb, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Amazonas (Iphan-AM), e está em sua terceira edição, com a composição de um documento atual e de fácil interpretação e prática para empresários, comerciantes, lojistas e proprietários de imóveis na área.
Basta um simples passeio a pé pelas avenidas e ruas como Eduardo Ribeiro, Sete de Setembro, dos Barés, Guilherme Moreira, Leovegildo Coelho, José Clemente, Dez de Julho, entre outras, para se perceber um visual diferente, uma paisagem urbana mais limpa e reveladora.
“Antes se tinham grandes painéis, alguns formados por vários materiais, desde lona plástica, perfis de alumínio, placas compostas, que acabavam não apenas vedando totalmente as fachadas como servindo de área técnica para instalação de aparelhos de ar-condicionado, fiação de todo tipo. E muitas vezes as fachadas não recebiam manutenção necessária e o visual era de desgaste e degradação”, fala o diretor de Planejamento Urbano do Implurb (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
O processo de despoluição visual e de melhoria urbana ganha cada vez mais força em cidades chamadas de “livehability”, boas para se viver.
“Um painel enorme, com imagens, nem sempre é visualizado como se imagina. Uma coisa é ter um painel assim numa avenida larga, como a Eduardo Ribeiro, que proporciona visualização. Outra é colocar o mesmo numa rua estreita como a Marechal Deodoro, por exemplo. Proporcional e bem adequada, a publicidade tem impacto visual no traçado urbano, mais fácil de se notar e mais harmônica”, explica o arquiteto.
E ao contrário do que alguns comerciantes, empresários e lojistas tem como conceito de restauração, uma simples pintura renova e permite a conservação da estrutura no conjunto arquitetônico.
“Um novo ar ganha a cidade e a rua, especialmente no Centro, onde não se tem o afastamento lateral, onde as construções são todas contínuas. Quando se faz um processo de despoluição visual, acaba se renovando o conjunto arquitetônico por inteiro. E a cidade fica mais agradável para caminhar, comprar, viver”.
O GPH acompanha os processos para licenciamento de publicidade no centro histórico e um simples “antes e depois” revela uma cidade que é construída coletivamente. Prédios até então desconhecidos da população passaram a ser revelados, mostrando sua beleza histórica e arquitetônica.
O “Manual de Placas” ainda permite a padronização para os estabelecimentos comerciais e todos passam a ser vistos com equilíbrio, sem propagandas em painéis desproporcionais.
O documento tem linguagem simples e objetiva, estabelecendo limites e diretrizes para os espaços publicitários, informando parâmetros e padronização de diferentes tipos de placas, painéis comerciais, pinturas de letreiros, letreiros em relevo, colocação de toldos, cartazes e outros.
“As intervenções físicas nas fachadas históricas quase sempre envolvem alterações inadequadas, que incorporam novos materiais em substituição aos elementos originais, como alteração de vãos, demolição de paredes, troca de esquadrias e outros itens, que acabam mutilando suas características estilísticas históricas e tão preciosas”, explica a gerente do GPH, arquiteta Luiza Lacerda.
Além disso, nessas fachadas, na maioria das vezes, é inserida publicidade excessiva, causando poluição visual no centro histórico. A disputa por espaços publicitários, as adaptações de usos e as reformas em geral encobrem os elementos estilísticos e ornatos com elementos poluidores. Tais alterações desastrosas em bens protegidos e em seus entornos acabam causando a ruptura da composição dos conjuntos de fachadas e ambientes históricos de maior expressividade arquitetônica.
A padronização dos engenhos publicitários, definida no manual, tem como objetivo reduzir as interferências visuais sobre as fachadas, favorecendo que todos possam ter acessibilidade e visibilidade do espaço urbano e sua história. Para enriquecer os projetos, programas e ações no bairro, o prefeito David Almeida criou a Comissão Técnica para Implementação e Revitalização do Centro Histórico de Manaus, pelo decreto 5.034, de 11/3.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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