Publicado
4 anos atrásno
Por
Alessandro Nuñes
1. O canibalismo era popular na Europa durante os séculos 16 e 17 para fins medicinais.
A carne humana fresca (assim como ósseos e vísceras) era às vezes misturada a chocolate e bebidas para facilitar sua ingestão. Ao mesmo tempo (e de maneira bem hipócrita), os europeus colonizavam partes das Américas e da África e viam os nativos como “selvagens”, particularmente por causa de suas práticas rituais de canibalismo.
2. Na verdade, esta era uma prática tão popular que as múmias egípcias são raras hoje em dia não porque poucas resistiram aos milhares de anos em suas tumbas, mas porque poucas sobraram após essa demanda do mercado europeu no século 17.
Restos de múmias de faraós egípcios eram vendidos como remédio na Alemanha até o século 20. A foto acima é de um vendedor de múmia egípcia em 1875.
3. Na Idade Média, corpos que se mexiam após a morte (algo que pode acontecer naturalmente) eram considerados casos de possessão demoníaca.
Os cristãos medievais acreditavam que os demônios eram espíritos que tentavam possuir os corpos dos mortos. Assim, corpos que se mexessem eram descartados sem cerimônia.
4. Para evitar a lotação de cemitérios, muitos restos mortais eram desenterrados e levados a criptas subterrâneas chamadas ossários [ou ossuários].
O Ossuário de Brno, na República Tcheca, por exemplo, é o segundo maior da Europa. Os ossos costumavam ser usados para criar esculturas elaboradas — como lustres feitos inteiramente de ossos e crânios.
5. Acredita-se que o líder fijiano Udre Udre tenha sido o canibal mais prolífico do mundo. Ele teria consumido os corpos de pelo menos 872 pessoas durante sua vida.
Ele não matou pessoalmente todas essas pessoas, muitas das quais eram vítimas de guerra trazidas a ele por seus soldados. É possível que ele tenha consumido ainda mais pessoas do que 872, já que ele usava pedras para representar cada uma de suas vítimas. Quando as pedras foram descobertas pelos missionários cristãos ocidentais, muitas delas pareciam estar faltando, pois havia lacunas em sua disposição.
6. Em um ritual já há muito tempo abandonado, viúvas na Índia (supostamente de maneira voluntária) se jogavam na pira funerária de seu marido e sacrificavam suas vidas.
Se a viúva não fizesse isso, ela provavelmente seria ostracizada por toda a comunidade, o que nos faz hoje questionar o aspecto voluntário desse ritual.
Há muitas explicações conflitantes sobre por que essa prática foi tolerada por tanto tempo — alguns dizem que era para preservar a honra das esposas dos soldados, para que não fossem estupradas pelos inimigos que mataram seus maridos. Outros afirmam que isso era estimulado por vizinhos, que poderiam então reivindicar a propriedade do marido, já que a esposa não poderia herdá-la, ou era usado como medida preventiva para impedir esposas de matarem maridos ricos e herdarem sua fortuna.
7. Os funerais dos líderes vikings eram particularmente brutais — não tanto para os falecidos, mas para as escravas que se juntavam a eles “voluntariamente” na vida após a morte.
Segundo o estudioso árabe do século 10 Ahmad ibn Fadlan, os funerais de líderes vikings eram longos e cruéis.
O corpo do líder era colocado em uma tenda em seu navio por dez dias por uma matriarca conhecida como o “anjo da morte”. Uma “prisioneira” (escrava ou serva) então se “ofereceria” para ir ao outro mundo com ele.
Durante esses dez dias, a escrava era vigiada dia e noite pelas filhas do “anjo da morte” e intoxicada com bebidas. Quando chegava a hora da cremação, ela também passava por uma série de rituais. Ela recebia bebidas ainda mais intoxicantes para que entrasse em transe psíquico e era estuprada por seis homens — supostamente porque agora simbolizava um recipiente para a força vital. Por fim, os homens seguravam a escrava pelos braços, com uma corda em volta do seu pescoço, e o “anjo da morte” a apunhalava entre as costelas.
O navio, por fim, era incendiado.
Deve-se notar que a veracidade desse relato não é comprovada, mas há muitas evidências de que mulheres e escravas foram sacrificadas nesses rituais.
8. Os romanos usavam urina como enxaguante bucal.
Catulo, o poeta romano, chegou a escrever sobre essa prática.
9. Alguns livros dos séculos 17 e 18, particularmente os de anatomia e literatura erótica, eram encadernados com pele humana.
Essa técnica é chamada de “bibliopegia antropodérmica” e acredita-se que existam cerca de 47 livros assim em bibliotecas e universidades ao redor do mundo – nove já foram confirmados como sendo de humanos.
Muitos exemplos disso são encontrados em livros de anatomia, que estão encadernados com a pele dos cadáveres dissecados para a pesquisa. Há também algumas cópias de “Justine et Juliette”, do Marquês de Sade, encadernados com a pele de seios femininos.
Para contexto, o Marquês de Sade foi o homem cujo comportamento doentio inspirou a palavra “sádico”. Alguns dos livros encadernados com seios aparentemente têm até os mamilos das vítimas intactos.
Criador de conteúdo, Editor de Vídeos e as vezes comediante Um amante da fotografia e vídeos cômicos Criando a vida dos meus sonhos um dia de cada vez Você não sabe o quanto eu caminhei… Para chegar até aqui…