Na tarde de sábado (2/01), a empresária Nair Queiroz Blair foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Ela é suspeita de ter participado de um esquema de compras de votos na eleição de 2014 na campanha de José Melo a governador do Estado.
Uma matéria chegou a ser veiculada no Fantástico, da Rede Globo, a respeito das denuncias de compra de votos, onde foram mostrados recibos e documentos como prova do crime eleitoral. O dinheiro utilizado para a suposta compra de votos teria origem em um contrato firmado entre o Estado e a Agência Nacional de Segurança e Defesa (ANSD), a dois dias da abertura da Copa do Mundo. O serviço custaria R$ 1 milhão, de acordo com a reportagem, e seria para “implementação de solução tecnológica de monitoramento em tempo real móvel” durante a Copa.
Na ocasião, o governador respondeu às acusações dizendo que “qualquer pessoa poderia fazer aquilo (recibo). Nenhum dos recibos tem qualquer assinatura”, disse Melo.
Nair Blair chegou a ser presa durante a campanha eleitoral, mas pagou fiança e foi liberada. No ano passado, ela acionou a Justiça solicitando o reembolso dos R$ 36,2 mil pagos como fiança e mais R$ 7,7 mil apreendidos pela Polícia Federal durante a campanha e autorização para viajar para fora do Estado e para o exterior. À época, os pedidos foram negados pelo juiz da 2ª Zona Eleitoral de Manaus Alcides Vieira Filho.
Nair Blair é presidente da organização não governamental que recebeu R$ 1 milhão do Governo do Amazonas para prestar serviços de Segurança durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol. Ela foi presa pela Polícia Federal em uma reunião com pastores evangélicos por suspeita de compra de votos.
Porém José Melo negou que Nair Blair tenha prestado serviço aos comitês de campanha dele.
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