Publicado
8 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Quem assiste as propagandas de sabonetes antibacterianos sabe que eles nos lembram sempre que o mundo é cheio de microrganismos prejudiciais à saúde. Então entra o sabonete que limpa 99,9% das bactérias do nosso corpo e salva o nosso dia. Mas será que é isso mesmo?
A opinião do Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, é bem diferente do que os sabonetes pregam nas propagandas. Para eles, não passa de conversa furada. O FDA determinou que saísse do mercado, em até um ano, sabonetes que contenham alguns dos 19 ingredientes proibidos pelo órgão. Dentre eles, agentes químicos triclosan e triclocarban, presentes na maioria destes sabonetes. Algumas marcas já começaram a retirar os ingredientes de seus produtos.
“Os consumidores podem acreditar que eles são mais eficientes para evitar a proliferação de germes, mas não temos evidência científica disso“, disse Janel Woodcock, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos do FDA. Por outro lado, o Instituto Americano da Limpeza, que representa os interesses dos fabricantes, afirmou que o FDA recebeu informações que provam a eficácia e a segurança dos sabonetes antibacterianos.
O FDA deixou claro que a proibição vale apenas para produtos que são enxaguados com água. Deixando o gel antisséptico, lenços umedecidos e outros produtos antibacterianos usados por serviços de saúde, livres para comércio.
Isso não é de hoje. Em 2013 órgãos competentes solicitaram aos fabricantes que provassem com pesquisas, que os sabonetes antibacterianos são mais eficazes que os sabonetes comuns no combate à propagação de doenças e redução de infecções. As empresas por sua vez, não provaram e os dados entregues foram considerados insuficientes para garantir a segurança e a eficácia dos produtos.
O pedido aos fabricantes teve base em pesquisas que sugeriam que o uso prolongado dos ingredientes vetados, poderiam trazer riscos à saúde, como o aumento da resistência bacteriana ou alterações hormonais.
Os fabricantes agora têm um ano para retirar os sabonetes ou mudar a sua fórmula. Os especialistas em saúde reforçam que lavar-se com água e sabão continua a ser uma das medidas mais importantes para evitar doenças e a proliferação de germes. Caso não haja água e sabão disponível e se opte por gel antisséptico, o FDA recomenda que seja um produto à base de álcool, com uma concentração de ao menos 60%.
Mulher...mãe....apaixonada....webwriter e sócia proprietária do Portal No Amazonas é Assim...E minha história continua ❤
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