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2 anos atrásno
Essa curiosa Pimenta Preta é originária do Brasil e nasceu de uma mistureba sem precedentes. Até hoje, inclusive, a versão mais aceita é que ela tenha nascido de um cruzamento espontâneo entre a C. chinense e C. annuum.
Por ela ter sido de origem diferente, passou por um bom período sendo chamada de Pimenta Desconhecida (Unknown Pepper). Até que resolveram batizá-la pelo nome da pessoa responsável por popularizá-la e claro, que conseguiu a proeza de ter a primeira muda dessa pimenteira em seu jardim.
A descobridora da espécie chama-se Neyde Paula Hidalgo, moradora da cidade de Marília em São Paulo e Moderadora do Fórum Pimentas.Org. Neyde é atualmente uma diretora escolar aposentada e apaixonada por pimentas, porém, seus perfis nas redes sociais são lowprofile.
“A Pimenta-da-Neyde (Pepper Neyde), que foi pela primeira vez chamada de Pimenta Desconhecida (Unknow Pepper), “nasceu” no meu jardim e ninguém sabe como. Pode ter vindo misturado com algum solo que eu tenha comprado, ou talvez tenha sido trazida por pássaros, eu realmente não sei.
Eu não tinha pimentas até então. Quando vimos nascer numa das minhas floreiras uma pequena pimenta, meu marido e eu começámos a cuidar dela.
Ela cresceu, teve belos frutos (picante demais para o meu gosto), mas meu marido gostou muito. Eu nunca tinha observado em outras pimentas um ciclo de vida semelhante pelo facto de nunca ter mudado de cor durante o seu desenvolvimento, mesmo até à fase de plena maturação.
Bem, rapidamente percebemos que ninguém conhecia a pimenta. E nós nunca encontramos algo semelhante em qualquer lugar, apenas no meu jardim.
Um dia, no Orkut [a rede social], encontrei Luca, da Finlândia. Até então, o Forum pimentas.org, não existia.
Meu objectivo de falar com Luca era apenas a troca de sementes de pimenta. Eu disse a ele que, apesar de minhas sementes genuinamente brasileiras, eu tinha uma outra que era muito bonita e nunca tinha mudado a cor … E ele respondeu que eu estava provavelmente errada, uma vez que todas as pimentas mudavam de cor em sua vida.
Então, Cláudio, observou melhor, tirou fotos, e enviei para Luca, que mostrou para Fatalii. Eles eram realmente curiosos.
Enviei-lhe uma grande quantidade de sementes. Enquanto isso, criamos o fórum pimentas (Pimentas.org), do qual tenho muito orgulho em ter sido uma das primeiras participantes.
A pimenta foi fotografada em todos os ângulos possíveis e recebi imensos e-mails. Enviei sementes para um monte de países diferentes e para diferentes regiões do meu Brasil amado. A pimenta começou a ser chamada de pimenta desconhecida (Unknow Pepper).
Mais tarde, pelo interesse manifestado por inúmeras pessoas na pimenta, Luca propôs algum tipo de desafio para a classificar e … Bem, em minha homenagem eles escolheram o meu nome: Pimenta-da-Neyde (algo como pimenta de Neyde).
Agora, ela é comercializada com o consolidado nome de Pimenta-da-Neyde.
Professora aposentada que gosta de cuidar delas para preencher o meu tempo com algo delicioso.
Agora que acabou a euforia da descoberta de uma pimenta “nova”, estamos em num momento muito curioso.
Alguns estudantes de universidades brasileiras envolvidas no estudo da biotecnologia, depois de encontrar o Pimenta-da-Neyde através do Google, me contataram.
Espécie: Provavelmente resultante de um cruzamento espontâneo entre a C. chinense e C. annuum.
Origem: Brasil
Curiosidade: É a única pimenta do mundo que não muda de cor desde o nascimento. Foi “descoberta”, criada por cruzamento espontâneo. A variedade é definitivamente espetacular. É a única representante conhecida do seu tipo.
Und. Scoville: 250.000 SHU
Grau de Ardência: 9 (Very Hot)
Coloração Imatura: Roxo escuro, quase negra.
Coloração Madura: Roxo escuro, quase negra.
Aspecto do fruto: Em forma de lanterna oval . Alongado com abaulamento central. Cada fruto pesa em média 5 gramas. Seu tom de roxo escuro é lindo.
Comprimento Aproximado: Cerca de 2 até 5 ou 6 centímetros.
Diâmetro Aproximado: 2 cm no meio e 1,5 cm nas extremidades
Sabor: Sabor e aroma típico das C. chinenses, porém não muito acentuado.
Culinária : Bons para consumo “in natura”, frescos, ou em molhos. Excelente para a produção de pó, o qual assume textura e cor muito particulares.
Planta: Arbustiva, podendo chegar a ser uma pequena árvore. Caule e ramos longos e flexíveis, muito vigorosos, não pubescentes, marrom escuro com veios quase negros e ramos jovens roxos escuros. A folhagem é de coloração violeta/roxo, muito forte, por vezes quase pretas. Apesar da sua delicada aparência, apresenta uma enorme estabilidade.
Flores: Medem cerca de 1,2 cm. A corola é esbranquiçada, com manchas roxas na parte traseira visível na transparência. As anteras são roxas, estames roxos claros e pistilos roxos escuros. Varia de 5 a 6 pétalas. Ocorrem entre 1 a 3 flores por nó. O cálice é arredondado sem dentes, o pecíolo é curvado. A estrutura do cálice é média com nervuras e anel de constrição evidentes.
Sementes: As sementes são de cor de palha. Excelente germinação em cerca de 10 dias.
Cultivo: Temperatura para germinação, entre 18°C a 32°C. Temperatura para crescimento e produção, entre 14°C a 25°C. Requer muita luminosidade e gosta de pleno sol.
Colheita: No mínimo com 90 de muda plantada, normalmente em torno de 100 a 110 dias.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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