Vídeo: Avião clandestino é perseguido pela FAB, faz pouso na BR 319 e explode

Na tarde da última quinta-feira (26/09), uma aeronave Cessna 210, sem matrícula e suspeita de envolvimento com atividades criminosas, foi interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) na BR-319 nas proximidades de Humaitá, cidade do interior do Amazonas distante 675 km de Manaus.

O avião, que havia invadido clandestinamente o espaço aéreo brasileiro, desobedecia a ordens da defesa aérea, o que resultou em uma perseguição tensa e arriscada. A interceptação ocorreu como parte da Operação Ostium, voltada para a proteção das fronteiras e combate ao tráfico de drogas e contrabando na região amazônica.

O alerta foi dado por volta das 16h (horário de Brasília), quando o radar do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA) detectou o voo irregular próximo à fronteira com o Peru. Imediatamente, caças A-29 Super Tucano da FAB foram acionados para investigar e interceptar a aeronave. Segundo o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a missão seguiu os protocolos de Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), que incluem procedimentos como interrogatório, tentativa de mudança de rota e disparo de tiro de aviso (TAV) contra a aeronave.

Imagem: Divulgação

Apesar das tentativas de comunicação e ordens de mudança de rota, o piloto da aeronave não respondeu e continuou em sua trajetória, desrespeitando as orientações dos caças da FAB. Diante da falta de cooperação, as autoridades aéreas consideraram a aeronave uma ameaça potencial, indicando sua possível ligação com o tráfico de drogas ou outras atividades ilegais.

Pouco antes de ser advertida sobre o abatimento, a tripulação da aeronave realizou manobras arriscadas, fazendo um pouso forçado em uma área isolada da BR-319, próximo a Humaitá. Logo após o pouso, os ocupantes incendiaram o avião, que explodiu, destruindo qualquer evidência que pudesse incriminá-los, e fugiram em seguida, desaparecendo na densa floresta amazônica.

As forças de segurança agora conduzem uma investigação para identificar os criminosos e a natureza da operação clandestina. Equipes da Polícia Federal (PF) e de outras forças de segurança foram mobilizadas para o local com o objetivo de capturar os suspeitos e recolher quaisquer provas remanescentes.

Imagem: Divulgação

O Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, comentou sobre a operação bem-sucedida, destacando a prontidão da FAB em proteger as fronteiras brasileiras. “A prontidão da Força Aérea Brasileira é permanente, e a nossa capacidade de coordenar operações com agências governamentais continua a crescer. Esta ação mostra que estamos preparados para enfrentar qualquer ameaça que comprometa a segurança do nosso território”, afirmou.

A interceptação faz parte da Operação Ostium, integrada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), criado pelo Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004. O objetivo da operação é intensificar o combate ao tráfico de drogas, contrabando e outras atividades ilegais nas fronteiras do Brasil, com especial foco na região amazônica. O esforço é realizado em cooperação com a Polícia Federal e outras forças de segurança, reforçando a vigilância na vasta área de fronteira brasileira.

A região amazônica, por sua localização estratégica e difícil acesso, é frequentemente utilizada por traficantes e contrabandistas que tentam entrar no Brasil. Operações como essa são essenciais para proteger o território nacional e garantir a segurança da população. As investigações continuam, e as autoridades permanecem em alerta para evitar futuras tentativas de invasão aérea clandestina.

Vídeos foram feitos no momento que a aeronave já está em chamas no meio da BR-319: