Sete deputados federais do Amazonas ainda não assinaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa pôr fim à escala de trabalho 6×1 no Brasil, destacando-se como um tema polêmico e de grande relevância para os direitos dos trabalhadores. A proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). O objetivo é melhorar as condições de trabalho e promover um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos trabalhadores.
Até agora, apenas o deputado Saullo Vianna (União Brasil) assinou a PEC, demonstrando seu apoio à mudança constitucional que pode transformar profundamente as relações trabalhistas no país. Por outro lado, os deputados Amom Mandel (Cidadania), Adail Filho (Republicanos), Átila Lins (PSD), Capitão Alberto Neto (PL), Fausto Junior (União Brasil), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (Republicanos) não aderiram à proposta.
A atual escala de trabalho 6×1, amplamente adotada nos setores de indústria, comércio, restaurantes e supermercados, exige que os trabalhadores com carteira assinada trabalhem seis dias consecutivos e tenham apenas um dia de descanso. Essa rotina muitas vezes resulta em fadiga, estresse e impacto negativo na saúde física e mental dos trabalhadores. Por essa razão, a PEC de Erika Hilton ganha destaque como uma iniciativa para humanizar e modernizar as leis trabalhistas, alinhando-as a práticas adotadas em alguns países que já implementaram jornadas mais curtas e flexíveis, promovendo maior produtividade e bem-estar dos trabalhadores.
Os defensores da PEC argumentam que a adoção da escala 4×3 pode ter um impacto positivo não apenas no bem-estar dos trabalhadores, mas também na produtividade das empresas, que poderiam beneficiar-se de uma força de trabalho mais descansada e motivada. No entanto, críticos da proposta afirmam que a redução da jornada semanal para 36 horas pode representar desafios econômicos significativos para certos setores, especialmente para aqueles que já operam com margens apertadas de lucro e enfrentam alta competitividade.
A posição dos parlamentares sobre a PEC pode influenciar diretamente suas bases eleitorais, que acompanham de perto as decisões que impactam as condições de trabalho e a economia local. Em um momento em que o país busca estratégias para conciliar o crescimento econômico com o bem-estar da população, o avanço ou não dessa proposta será um marco na trajetória das relações trabalhistas no Brasil.
A PEC ainda precisa de mais assinaturas para ser oficialmente apresentada ao Congresso e iniciar seu trâmite legislativo. A adesão de mais parlamentares, incluindo os representantes do Amazonas que ainda não assinaram, será crucial para determinar se essa proposta terá chances reais de prosperar e gerar mudanças efetivas na rotina de milhões de trabalhadores brasileiros.
Interessados em acompanhar o desenvolvimento dessa proposta devem observar atentamente as próximas movimentações dos deputados e o posicionamento de lideranças políticas sobre o tema.
7 dos 8 Deputados Federais do Amazonas estão se posicionando contra o fim da escala de trabalho 6×1 / Foto : Divulgação