Amazonas
Amazonas registra 1º óbito por esporotricose; casos em humanos já passam de 1,4 mil

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) confirmou nesta terça-feira (30/09) o primeiro óbito por esporotricose no estado. A doença é causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes no solo, plantas e matéria orgânica em decomposição, e que também podem ser transmitidos por animais, principalmente gatos.
Situação epidemiológica
Entre 1º de janeiro e 30 de setembro, foram notificados 1.895 casos de esporotricose humana no Amazonas. Desses, 1.469 foram confirmados e 225 seguem em investigação.
A maior concentração está em Manaus (1.373 casos), seguida por Presidente Figueiredo (34), Barcelos (26), Iranduba (9), Maués (6), Manacapuru (5) e Itacoatiara (4).
No mesmo período, a esporotricose animal apresentou 3.797 notificações, sendo 3.559 confirmadas. Atualmente, 1.875 animais seguem em tratamento, enquanto 1.660 evoluíram para óbito ou eutanásia. Os gatos representam a ampla maioria dos casos (97,4%), seguidos por cães (2,6%).
Como ocorre a transmissão
A doença pode atingir humanos quando o fungo entra em contato com a pele ou mucosas através de ferimentos — como arranhões, cortes com espinhos, lascas de madeira ou palha contaminada. Animais infectados também transmitem a esporotricose por arranhaduras, mordidas, lambidas, secreções respiratórias e pelo contato direto com lesões.

Mais de 1,4 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença em 2025 – Imagem: Divulgação
Prevenção
Evitar que cães e gatos circulem sem supervisão;
Procurar atendimento médico diante de sintomas suspeitos;
Buscar orientação veterinária imediata no caso de animais com feridas suspeitas.
Monitoramento
O enfrentamento à esporotricose no Amazonas é conduzido por um Grupo de Trabalho formado por órgãos como a FVS-RCP, Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD), Fundação Alfredo da Matta (FUHAM), SEPET, Semsa Manaus e o CRMV-AM. O informe epidemiológico é atualizado mensalmente no site oficial da FVS.