Tudo começou quando ontem (22), Mourão desprezou um vídeo em que Olavo faz críticas a militares. Segundo o vice-presidente, o guru de Bolsonaro deve se limitar à função de “astrólogo”. “Acho que ele deve se limitar, ele, Olavo de Carvalho, à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Pode continuar a prever as coisas aí que ele é bom nisso”, disparou.
A resposta de Carlos Bolsonaro veio no seguinte tuíte:
O vereador ainda resgatou o caso da polêmica “curtida” de Mourão em uma publicação da jornalista Rachel Sheherazade em que ela criticava Jair Bolsonaro e elogiava o general. A “curtida” motivou o envio de um pedido de impeachment do vice pelo deputado Marco Feliciano (Podemos-SP).
Por fim, Carlos Bolsonaro expôs um convite publicado por um de seus seguidores para uma palestra de Mourão nos Estados Unidos, no Wilson Center. No convite, está escrito em inglês que os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro foram marcados por paralisia política causada “pelo círculo mais próximo ao presidente quando não por ele mesmo”.
O texto ainda elogia Mourão como “voz da razão e moderação” e alguém “capaz de trazer uma direção para assuntos domésticos e internacionais”. “Se não visse, não acreditaria que aceitou com tais termos”, disse Carlos.
Não satisfeito, o vereador ainda critica uma entrevista do Mourão, na qual menciona o apoio dos militares venezuelanos ao presidente Nicolás Maduro e diz que a população do país vizinho “tem que estar desarmada porque senão nós iríamos para uma guerra civil na Venezuela, o que seria horrível para o hemisfério como um todo”.
A briga é mais um capítulo no cabo-de-guerra entre Olavistas e militares no governo Bolsonaro. Essa disputa teve desdobramentos importantes como a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues.