Um terremoto de magnitude 4,7 foi registrado no início da madrugada desta quarta-feira com epicentro em Barcelos, no interior do Amazonas, na divisa com Roraima. O tremor foi sentido também em Manaus, a 400 km de distância do epicentro. Barcelos, com 27 mil habitantes, fica às margens do Rio Negro.
“Aqui balançou bastante o lustre e meus cachorros começaram a latir um pouco antes”, relata a advogada e professora Alichelly Ventura, moradora do bairro Ponta Negra, na zona oeste de Manaus, perto da orla do Rio Negro.
Foi o segundo tremor sentido pela advogada este ano. No dia 31 de janeiro, moradores de Manaus notaram o reflexo de um terremoto de magnitude 5,7 na Guiana.
Em janeiro, Alichelly sentiu a cama tremer e saiu do prédio em que mora junto com os vizinhos. Em outros bairros de Manaus os moradores fizeram a mesma coisa, com medo das consequências do terremoto.
Nesta quarta-feira a situação foi menos assustadora. Segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), o terremoto teve uma profundidade de dez quilômetros e foi um tremor com potencial para causar poucos danos perto do epicentro.
Apesar do susto de moradores de Barcelos e de alguns bairros de Manaus, não há, até o momento, relatos de estragos ou de pessoas feridas. “É como se a gente estivesse tonta”, descreve a advogada moradora do bairro Ponta Negra. “Tenho medo porque moro em prédio e isso pode abalar as estruturas, dependendo da magnitude”.
Em setembro de 2020, um terremoto de magnitude 6,9 foi registrado no oceano Atlântico, perto de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco. O epicentro foi localizado a cerca de 282 km a leste do arquipélago São Pedro e São Paulo, a 816 km a nordeste de Fernando de Noronha e também próximo a Natal (RN), Recife (PE) e Fortaleza (CE).
Em agosto do mesmo ano, tremores de terra causaram pequenas avarias em imóveis e assustaram moradores em cidades do Recôncavo Baiano, Baixo-sul da Bahia e até em alguns bairros de Salvador.
“Foi um susto para todo mundo. Aqui na cidade, registramos três tremores em sequência”, afirmou, na ocasião, o prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro (PT). Apesar do susto, não houve registro de feridos nem de danos físicos de maior proporção na cidade.