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Manaus, AM, quinta, 19 de dezembro de 2024

Polícia

Caso Rachel Genofre: Após 13 anos, homem que matou criança de 9 anos é condenado a 50 anos de cadeia!

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Carlos Eduardo dos Santos foi condenado no fim da noite desta quarta-feira (12), por 4 votos a 1, a 50 anos de prisão pela morte da menina Rachel Genofre, que tinha nove anos na época do crime. O júri popular começou na tarde desta quarta, no Tribunal do Júri, em Curitiba. As informações são do Ric Mais.

Ele foi condenado a 40 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado – mediante meio cruel, asfixia e ocultação do corpo -, e a 10 anos por atentado violento ao pudor.

O homem de 52 anos, que confessou o crime à polícia, foi interrogado por videoconferência, já que está preso em Sorocaba (SP), onde cumpre pena de 25 anos por outros crimes.

Durante o julgamento, ele disse ter praticado violência sexual contra Rachel, mas não assumiu o assassinato da menina.

O julgamento não pôde ser acompanhado pela imprensa e não foi transmitido pela internet, já que o caso tramitou em segredo de justiça.

Rachel Genofre / Foto : Divulgação

Maria Cristina Lobo, mãe de Rachel, afirmou em entrevista ao repórter Marcelo Borges, da RIC Record TV Curitiba, que a sentença é uma vitória.

“A dor permanece, não tem como mudar isso. Agora vem um pouco de alento por saber que esse monstro vai pagar por esse crime hediondo que cometeu. Saímos daqui com essa sensação de que por mais que tenha demorado, a justiça se concretizou”, afirmou ela.

O assistente de acusação Daniel Gaspar, avaliou que o julgamento aconteceu de forma tranquila e destacou que o caso só foi solucionado por conta do Banco Nacional de Perfis Genéticos.

“Finalmente conseguimos fazer justiça, depois de muita espera. Nessa noite, nós vamos descansar em paz”, disse ele.

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Segundo o promotor Lucas Cavini Leonardi, o resultado do júri era esperado. “A espera foi longa, mas a justiça foi feita nesse crime tão cruel e brutal. Hoje, a justiça do Paraná não falhou e deu uma resposta condizente. É o caso mais triste em que já atuei”, declarou ele ao repórter Marcelo Borges.

Procurada pela reportagem do RIC Mais, a defesa de Carlos Eduardo dos Santos afirmou que “vai analisar a sentença condenatória para manejar eventual recurso de apelação, sobretudo em relação à alta pena aplicada”.

O júri

Nesta quarta, foram ouvidas sete testemunhas, sendo quatro de acusação e três de defesa. Cinco mulheres e dois homens compuseram o conselho de sentença.

A primeira a ser ouvida foi a mãe de Rachel. Depois, foi a vez do pai, Michael Genofre e, na sequência, a delegada Camila Cecconello, que colaborou na investigação do caso quando o suspeito foi descoberto, em 2019, passou a ser ouvida pela justiça.

Também foi ouvido o homem que vendeu a mala para Carlos Eduardo e, depois, o réu.

Ao final, aconteceram os debates e foi feita a votação.

Rachel Genofre / Divulgação

O caso Rachel

O corpo de Rachel Genofre foi encontrado dentro de uma mala, embaixo de uma escada da Rodoferroviária de Curitiba, dois dias após o desaparecimento, no dia 03 de novembro de 2008. Ela sumiu depois de sair da escola, que fica no centro da capital do Paraná. O corpo foi encontrado com sinais de violência sexual e estrangulamento.

A câmera de segurança do terminal rodoviário não estava funcionando, o que dificultou o trabalho de investigação. Onze anos após a morte, exames de DNA ajudaram a polícia a identificar o criminoso.

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Carlos Eduardo dos Santos está preso em Sorocaba (SP) e cumpre pena de 25 anos por outros crimes. Após a identificação como suspeito pela morte da menina, confessou à polícia ser o responsável pelo assassinato.

As investigações apontaram que, na época do crime, Carlos morava a menos de um quilômetro da escola e a vítima passava com frequência pela rua dele. Em depoimento, o acusado disse que mentiu que era produtor de um programa infantil para atrair Rachel.

O inquérito concluído pela Polícia Civil do Paraná tem 12 volumes e mais de quatro mil páginas. O exame psiquiátrico feito durante as investigações apontou que ele é imputável, ou seja, que pode responder por todos os delitos praticados.

Desde o crime, onze delegados do Paraná atuaram diretamente no caso, além de profissionais de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Pelo menos dez suspeitos de matar a menina também foram investigados.

Rachel Genofre

Rachel Genofre / Divulgação

Outros crimes

No curso das investigações foi constatado que o réu estuprou, pelo menos, seis crianças entre 4 e 14 anos. O primeiro caso foi em 1985, contra uma menina de quatro anos, em São Paulo. Ele também praticou, em média, 17 crimes de estelionato e um de roubo.

A Polícia Civil do Paraná também traçou rotas percorridas pelo criminoso nos últimos anos. Foi concluído que o homem teria passado por 14 cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ainda há suspeitas que ele tenha morado em Minas Gerais, Bahia e Goiás.

Carlos Eduardo dos Santos assassino de Rachel Genofre

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