Acidente Acajatuba: IML divulga laudo das vítimas do acidente com jet ski e abre nova polêmica no AM - No Amazonas é Assim
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Manaus, AM, sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Polícia

Acidente Acajatuba: IML divulga laudo das vítimas do acidente com jet ski e abre nova polêmica no AM

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O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou “afogamento” como causa da morte das três vítimas do acidente entre um bote e uma moto aquática, ocorrido no último sábado (20) no Lago de Acajatuba, em Iranduba, Região Metropolitana de Manaus.

As vítimas foram identificadas como Pedro Batista da Silva, 42 anos, Marcileia Silva Lima, 37 anos, e o filho dela, Jhon da Silva Gonzaga, de apenas 7 meses. Os corpos chegaram ao IML às 22h49 do domingo (21/9), após cerca de 20 horas de buscas realizadas pelos mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM).

Conforme o registro, divulgado pela Revista Cenarium, a causa da morte foi “asfixia mecânica, meio líquido, afogamento”, quadro típico de submersão em água. Ainda conforme o site, peritos explicam que, nesses casos, os pulmões se enchem de líquido, impedindo a respiração e levando ao colapso dos órgãos vitais.

Imagem: Revista Cenarium

Como foi o acidente

Segundo o CBMAM, por volta das 23h de sábado (20/9), uma moto aquática (jet-ski) pilotada pelo empresário Robson Tiradentes, 61 anos, colidiu com um bote que transportava a família e o piloto da embarcação. Com o impacto, todos foram arremessados na água.

O sobrevivente Geovane Gonzaga, marido de Marcileia e pai do bebê Jhon, relatou que o jet-ski navegava sem iluminação, enquanto o bote usava uma lanterna para focar de vez enquanto. Ele disse ter ficado inconsciente e acordado já afundando, sem conseguir localizar a esposa, o filho e o condutor do bote, mas conseguiu nadar até a margem.

Robson Tiradentes sofreu cortes no rosto, fraturas dentárias e na bacia. Ele e outro homem, identificado apenas como Fábio, que estava na garupa, foram socorridos e levados ao hospital.

Versão da família Tiradentes

O irmão do empresário, Ronaldo Tiradentes, chegou a se manifestar sobre o assunto por três vezes. No ultima nota publicada na noite de quarta-feira (24/9), Ronaldo afirmou nas redes sociais que Robson estava em estado de necessidade, tentando localizar familiares que estavam à deriva após uma pane no bote, e não em momento de lazer. Ele relatou que o jet-ski havia apresentado problemas mecânicos antes e que o acidente aconteceu durante buscas à noite no lago.

Imagem: Reprodução / Redes sociais

A Marinha do Brasil informou que a NORMAM 212/DPC proíbe a navegação noturna de motos aquáticas. A Capitania dos Portos instaurou um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente.

Contestação dos familiares

Imagem: Reprodução / Redes sociais

Familiares das vítimas contestam as declarações de Ronaldo Tiradentes e dizem que os corpos apresentavam ferimentos compatíveis com impacto, o que poderia ter levado à perda de consciência e, consequentemente, ao afogamento. Eles também afirmam que a família não usava coletes salva-vidas no momento do acidente.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os danos no jet-ski, com a frente destruída, e na lancha de alumínio, onde estava a família e o condutor, a embarcação apresenta a lateral danificada.

Até a última quarta-feira (24/9) somente o jet-ski teria sido encaminhado para perícia. A lancha que foi atingida pelo jet-ski permanecia no porto da comunidade do Acajatuba.

Imagem: Reprodução

Um outro bote encontrado a deriva no lago do Acajatuba,  na terça-feira (23/9), também estava no porto da comunidade, porém esta embarcação sumiu e apareceu incendiada na quarta-feira (24/9) nas proximidades onde os corpos foram encontrados.

Imagem: Reprodução

Próximos passos

O caso segue sob investigação da Marinha do Brasil e da Polícia Civil do Amazonas. Os laudos completos do IML devem trazer mais detalhes sobre a causa das mortes.

Com informações Revista Cenarium

 

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