Publicado
3 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, preso na terça-feira (7) com drogas e munição e investigado por envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, terá como advogados de defesa os procuradores municipais de Atalaia do Norte e Benjamin Constant.
Em nota, a prefeitura de Atalaia do Norte informou que não possui nenhuma relação com o serviço particular do Procurador Geral do Município e que o procedimento é legal.
Além do procurador de Atalaia do Norte, Ronaldo Caldas da Silva Maricaua, o PGM Davi Barbosa de Oliveira, do município vizinho Benjamin Constant, também vai integrar a defesa de Amarildo. O suspeito deverá passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (9).
A prefeitura de Atalaia do Norte informou em nota que o Maricaua foi procurado pela família de Amarildo para defender o suspeito, atuando como advogado particular. Além disso, a administração municipal destacou que não há qualquer impedimento ou incompatibilidade que impeça Ronaldo de exercer suas atribuições legais.
“Vale ressaltar que o município possui um número limitado de advogados, com apenas dois profissionais do ramo residindo na cidade”, diz o documento. Por fim, a prefeitura diz que não tem medido esforços em apoio às buscas disponibilizando efetivo da Defesa Civil, além do fornecimento de combustível, alimentação e hospedagem às forças de segurança presentes no município.
A prefeitura de Benjamin Constant até o momento não se pronunciou sobre o assunto.
Ele teria sido visto por ribeirinhos trafegando em uma lancha logo atrás da embarcação dos dois desaparecidos no dia em que sumiram.
Ainda segundo as autoridades, o motivo da prisão, porém, não tem relação com o desaparecimento. Ele tinha munição de uso restrito e uma quantidade de droga em seu poder quando foi encontrado e, por conta disso, acabou autuado em flagrante.
A Polícia Civil e a Polícia Federal abriram inquéritos para apurar o caso. Até essa quarta (8), seis pessoas tinham prestado depoimento. Além de Amarildo, a polícia colheu informações de cinco testemunhas.
Segunda maior reserva do país, a Terra Indígena Vale do Javari, onde os dois desapareceram, é palco de conflitos típicos da região: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo ilegal.
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