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A Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Amazonas (ECP/TCE-AM) em parceria com o Ministério Público de Contas (MPC), realizou, nesta quarta-feira (17), uma roda de conversa em alusão ao mês de Agosto Lilás, que preza pelo fim da violência contra a mulher.
A ação contou com a presença da procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello e a escritora e advogada, Cynthia Mendonça.
“Não é de hoje que a mulher sofre com o machismo enraizado, vemos muitos casos de violência que envergonham o convívio de respeito-social. Este evento promovido pela ECP vem para ressaltar o quanto precisamos proteger a figura feminina e criar uma relação de igualdade, assim como esperamos sempre ter neste Tribunal de Contas”, afirmou o presidente do TCE-AM, Érico Desterro.
O evento iniciou com a advogada Cynthia Mendonça, que falou sobre as perspectivas com base nas leis de proteção à mulher e casos de violência que serviram para refletir sobre tais atitudes e crimes, e principalmente, incentivar a quebra dos ciclos de violência e conscientizar o público presente.
“Muita gente já conhece as leis de proteção, como a Lei Maria da Penha, mas têm pessoas que precisam da conscientização para que repliquem o que é certo. Hoje temos muito mais força feminina atuando nas várias vertentes da sociedade, porém, ainda é recorrente o machismo que machuca, mata e desqualifica essas mulheres. Então, o ideal é que eventos como esse, manifestações e parceria sejam caminhos para mudar essa realidade”, destacou Cynthia Mendonça.
A procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello, contou sobre o episódio ocorrido em junho de 2022, no qual foi espancada pelo colega durante o expediente de trabalho, no município de Registro, interior de São Paulo.
“Eu já havia percebido a inconformidade do agressor com relação a minha carreira profissional naquele ambiente. Tentei conversar primeiramente e depois fui surpreendida pela agressão. Fui machucada e procurei ajuda imediatamente, mas aquilo me deixou com medo, até porque nunca passei por uma situação como essa”, relatou a procuradora-geral.
Além do relato, Gabriela Samadello refletiu sobre as políticas públicas de ações afirmativas em função da mulher, para que os ambientes de trabalho sejam mais igualitários para essa parcela da população, e que a violência não faça mais vítimas em casas, instituições ou qualquer outro lugar.
“A mulher não está sozinha e este evento buscou exatamente trazer essa ideia, fico muito feliz pelas convidadas terem aceitado o convite para partilharem suas histórias e mais que isso, direcionar as pessoas com relação ao poder público nessas situações”, destacou a procuradora-geral do MPC-AM, Fernanda Cantanhede.
A roda de conversa encerrou tratando sobre atitudes de sororidade, perguntas e comentários do público, além da entrega de objetos simbólicos em agradecimento à presença das palestrantes.
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