A Alemanha assume nesta quinta-feira (1º) a presidência do G20 (grupo que reúne as 20 maiores potências mundiais), com o desafio de manter a cooperação internacional, que pode sofrer grandes desgastes com a entrada do polêmico e controverso Donald Trump na Casa Branca em 2017. As informações são da Agência ANSA.
Donald Trump (Foto: Pablo Martinez Monsivais, AP)
Com a saída de Barack Obama da Presidência dos EUA, a chanceler alemã, Angela Merkel, que em 2017 tentará um quarto mandato, deve assumir, além da liderança do G20, o lugar de autoridade deixado pelo atual mandatário norte-americano na “aliança” entre os países ocidentais.
Com o slogan “Shaping a Interconnected World” (“Moldando um Mundo Interconectado”), a Alemanha quer ampliar a globalização e melhorar a relação entre os países do grupo e a cooperação internacional, o que poderá ser difícil com Trump. Como nos últimos anos, as reuniões do G20 devem abordar temas como acordos comerciais e a questão climática no mundo, assuntos nos quais a Alemanha poderá bater de frente com o novo governo norte-americano.
No tocante aos acordos comerciais, os embates podem acontecer em grande parte devido às declarações polêmicas de Trump sobre a China, país-membro do grupo, que para o republicano americano está “matando” o seu país economicamente. Trump também já ameaçou tirar os EUA do Tratado Transpacífico [TPP, acordo assinado por mais de dez países e que cria a maior área de livre-comércio da história] e do Nafta [North American Free Trade Agreement -Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, bloco econômico formado pelos EUA, Canadá e México].
Já sobre o clima, mesmo Trump já tendo falado que iria manter a “mente aberta” sobre as questões relacionadas às mudanças climáticas, ele atacou várias vezes durante sua campanha o Acordo de Paris, afirmando que o dinheiro que seria usado para ações relacionadas ao mêsmo seria destinado às empresas norte-americanas. O magnata americano disse ainda que o aquecimento global é algo inventado pelos chineses parar frear a economia dos EUA.
Edição: Augusto Queiroz
Da Agência Ansa