Na noite da última segunda-feira (22/7) a cultura amazônica foi exaltada durante a 41ª edição do Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina.
O grupo de dança Gandhicats Project levou o prêmio principal da categoria Danças Populares Brasileiras em Conjunto Sênior. No palco do festival, a companhia de dança apresentou ‘O Boi do Povo Vermelho’, do coreógrafo Gandhi Tabosa.
Imagem: Reprodução
Um dos principais destaques da performance foi o Auto do boi Garantido, com os personagens famosos da mitologia dos bumbás, e presentes como itens no Festival Folclórico de Parintins: como a Sinhazinha da Fazenda, o Pajé, o Pai Francisco, a Mãe Catirina e o Amo do Boi.
Já as canções usadas para a apresentação foram ‘Sentei Junto ao Pé da Roseira’, ‘A Contagem’, ‘Vendaval de Amor Garantido’, ‘Pajé’ e ‘Garantido por Toda Vida’.
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Entenda o Auto do boi
É uma encenação teatral que conta a história da negra Catirina que, grávida, desejou comer a língua do boi mais estimado pelo dono da fazenda em que morava. Para atender o seu desejo, Pai Francisco, esposo de Catirina, matou o melhor animal de seu patrão e, em seguida, fugiu. Perseguido, pediu socorro ao padre, que o auxiliou e fez ressuscitar o boi, para alegria e comemoração de todos na fazenda.
Estudos apontam que Portugal seria a origem do Auto do boi. Existem muitas similaridades com um folguedo que existia nos arredores de Lisboa até o século 19. Outros sugerem a África Subsaariana (região do atual Senegal) como a origem do bumba-meu-boi brasileiro, manifestação da qual o atual boi-bumbá de Parintins deriva.