Polícia
Anestesista acusado de estuprar 6 pacientes em Manaus tem recursos negados pela justiça
As mulheres contam que foram alvos do médico em setembro e agosto de 2018 e novembro de 2014 em hospitais particulares e públicos de Manaus.
As mulheres contam que foram alvos do médico em setembro e agosto de 2018 e novembro de 2014 em hospitais particulares e públicos de Manaus.
Publicado
2 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Nesta quarta nesta quarta-feira (20) o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) informou que negou dois pedidos de suspensão dos processos do médico anestesista, Júlio Adriano da Rocha Carvalho, acusado de estuprar pacientes em consultórios de hospitais de Manaus. O médico responde a dois processos no primeiro grau de jurisdição, sendo o primeiro de 2018, com duas vítimas. O segundo processo foi ingressado em 2019 e tem quatro vítimas.
De acordo com o Tribunal de Justiça, a pandemia da Covid-19 prejudicou o andamento das ações devido à dificuldade de localização das pessoas citadas nas ações. Atualmente Júlio responde às ações em liberdade.
As investigações contra o médico iniciaram a partir de uma ocorrência registrada no 24º DIP (Distrito Integrado de Polícia) no dia 7 de julho de 2018. Conforme o B.O (Boletim de Ocorrência), naquele dia, a jovem de 23 anos procurou um hospital particular no centro de Manaus porque estava sentindo dores nas costas, mas, durante a consulta, o homem a estuprou.
Durante a investigação, foi apurado que havia outro boletim de ocorrência contra o médico no 20º DIP em 26 de agosto de 2016. No documento, uma mulher de 26 anos afirmou que tinha ido a uma unidade de saúde pública na zona oeste de Manaus porque estava com tosse e dores na garganta e, no consultório, o homem a aliciou.
“A vítima nos informa que ao ser consultada na UPA Campos Sales pelo médico Júlio Rocha, CRM-AM****, atendimento: *****, no decorrer da consulta com o médico começou a falar palavras obscenas e beijou a força e passou as mãos nas suas partes íntimas, nos peitos, coxas e virilhas”, diz trecho do boletim de ocorrência.
Uma terceira mulher, de 27 anos também havia feito um boletim de ocorrência contra o médico registrado em 3 de outubro de 2016. A vítima foi à UPA Campos Sales buscar ajuda porque também estava com tosse e dores na garganta e, no local, o médico fez “comentários indecentes” e tocou nas partes íntimas dela.
Em abril de 2019, o promotor de justiça Edinaldo Medeiros, que assinou as denúncias contra o médico, afirmou que tinha denunciado os dois primeiros casos e que havia um terceiro, mas, por questões de celeridade, os dois iniciais já seriam levados à Justiça. “Entendo prudente fazer logo a denúncia para que o processo não fique parado”, disse.
Outras três mulheres procuraram a delegacia em abril de 2019 após ficarem sabendo que o homem estava sendo acusado de estuprar três pacientes. As mulheres contam que foram alvos do médico em setembro e agosto de 2018 e novembro de 2014 em hospitais particulares e públicos de Manaus.
Conforme a justiça, a defesa do médico entrou com dois recursos, sendo um no 1º grau e outro no 2º grau. Os advogados alegaram “a decadência de direito de ação”, que seria a perda do direito do Ministério Público e das vítimas de processar o réu, diante da inércia durante o tempo fixado no Código Penal. A defesa pede, ainda, a absolvição sumária do acusado.
Os dois recursos foram negados, tanto pela juiza de 1º grau, Careen Aguiar Fernandes, como pela desembargadora Carla Reis, em junho deste ano. Com isso, as ações seguem na fase de instrução.
Na época, as vítimas prestaram queixa no 24º Distrito Integrado de Polícia de Manaus. O delegado Marcelo Martins atendeu o caso e localizou denúncias de outras duas vítimas em 2016. Abusos contra pacientes também teriam ocorrido em unidades públicas de saúde.
“Ele tinha esse modus operandi de trancar a porta da sala e solicitar a tirada de roupas. Ao final, ele colocava as mãos nas partes íntimas das vítimas. Caso exista alguma outra vítima, podem procurar o 24º DIP que vamos investigar”, disse o delegado à época.
Ainda em janeiro de 2019, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) cumpriu um pedido da 7ª Vara Criminal e suspendeu a inscrição de Júlio Adriano da Rocha Carvalho. Ele estava impedido de exercer a profissão.
Na época, a justiça também determinou outra medidas cautelares, como proibir Júlio de entrar em qualquer ambiente hospitalar ou de saúde e o uso de tornozeleira eletrônica.
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