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5 anos atrásno
No meio de uma onda de ‘privatizações’ desde o início do ano, na última sexta-feira (26) a Petrobrás, maior estatal do Brasil, anunciou que venderá totalmente sua participação na exploração e produção de petróleo no Polo Urucu (650 quilômetros de Manaus). A decisão, de acordo com a empresa, é uma estratégia para transferir investimento para outras áreas “mais rentáveis”. De acordo com alguns especialistas a medida, em um primeiro momento, pode ser positiva, no entanto, políticos amazonenses alertaram para risco de demissão em massa e queda de arrecadação.
A Petrobrás irá vender sete concessões de produção terrestres localizadas na Bacia do Rio Solimões. Que incluem: Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu. Todas estão localizadas nos municípios de Tefé e Coari e ocupam uma área de cerca de 350 quilômetros quadrados (km²).
Na nota que anuncia a venda das concessões, a empresa informou que a decisão está de acordo com as diretrizes de investimento e melhoria de direcionamento do seu dinheiro.
“Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e melhoria de locação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”, diz um trecho do texto.
A estratégia da Petrobras para o Polo do Urucu não é isolada. Desde o início do ano a estatal iniciou uma série de vendas de campos de petróleo e gás natural por todo o Brasil. Entraram na onda de concessões os ativos de Alagoas, Campos de Manati (BA), Colômbia, Bacia do Espírito Santo, Bacia Pará-Maranhão, Polo Ceará, dentre outros.
Descontinuidade e risco de desemprego
Até então, as atividades da empresa estão em funcionamento, mas o risco da venda das participações é que haja descontinuidade. O termo se refere ao comportamento de uma empresa em ser reformulada, o que pode gerar novas estratégias econômicas, mas também demissão de funcionários. O deputado federal Marcelo Ramos (PL) alerta para o risco de isso acontecer com as concessões do Polo de Urucu.
Esta decisão, ainda vem de encontro com a discussão que parlamentares estão tendo na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), sobre a Lei do Gás, que segundo o presidente da casa, deputado Josué Neto (PRTB), se a lei não for aprovada a tempo e nenhum interessado vier a comprar no leilão, o Amazonas perderá mais de 17 mil empregos, queda de arrecadação e queda em torno de 1/4 do PIB do Estado.
O deputado estadual Serafim Corrêa (PSDB), manifestou-se também, a respeito da saída da Petrobras do Amazonas e segundo ele, não acredita que a venda da exploração em Coari e Tefé seja reversível.
“A Petrobras anunciou a decisão: vai vender a sua exploração em Coari e Tefé. Não creio que isso seja reversível, mas acho que ao menos precisamos tirar do fato algumas lições e a principal delas talvez seja que as empresas que vem investir na Amazônia devem ser tratadas com respeito e segurança jurídica. Isso é o mínimo, se é que queremos ter um futuro melhor”, comentou o parlamentar que esta decisão vem num momento muito difícil para o Amazonas.
Confira a nota da Petrobras:
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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