Em entrevista desta segunda-feira (2), ao Jornal da Record, o presidente Jair Bolsonaro disse que após o Ministro da Economia Paulo Guedes mencionar sobre o AI-5, ele foi duramente pressionado a demiti-lo.
O presidente não entrou em detalhes sobre quem teria pressionado-o, mas ele sustentou que “quem pede a cabeça do Paulo Guedes quer desestabilizar a economia”.
Questionado pelo repórter, Bolsonaro voltou a negar ter intenção de uma proposição ao Congresso com retirada ou diminuição de direitos civis e políticos. Disse que as comparações a autos autoritários da ditadura militar não tem significado prático e que poderiam ter sido substituídas para passar o mesmo sentido.
“Não vejo nada demais no fato de citar o AI-5, que existia na Constituição passada. O Paulo Guedes e o [deputado federal] Eduardo [Bolsonaro] citaram num contexto, não diante de movimentos sociais reivindicatórios, mas [na possibilidade] de descambar para algo parecido com terrorismo, como vem acontecendo no Chile. Podiam ter usado outra expressão. Não vejo porque tanta pressão em cima dos dois”, afirmou o presidente.
Bolsonaro diz que foi pressionado a demitir Guedes após menção ao AI-5