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2 anos atrásno
Uma das mais perigosas cobras é a Cobra Coral. De cores vivas, os anéis vermelho, preto e branco tornam a cobra-coral uma das serpentes mais conhecidas. A dificuldade para se camuflar dificulta os acidentes com a espécie, ponto positivo já que o veneno é um dos mais ativos no ser humano.
A cobra coral coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus) possui uma irmã gêmea que não é perigosa como ela é a falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii). Mas e quem é capaz de diferenciá-las? Abaixo trouxemos algumas diferenças e esperamos ajudá-los. De toda forma, encontrou alguma cobra que tenha cor vermelha e padrão em anéis, considere como potencialmente perigosa. Ambas são comuns no território brasileiro, inclusive na Amazônia, e extremamente parecidas fisicamente.
Confira:
Conhecidas por injetar um veneno extremamente forte, as cobras-corais-verdadeiras, possuem a coloração em tons de vermelho, laranja, amarelo e branco. Descrita em 1758, a espécie pode ser encontrada em todo o continente americano, com exceção do Chile e Canadá, e podem se adaptar em diferentes biomas, a exemplo do bioma amazônico.
Seu veneno possui atividades neurotóxicas e pode matar em algumas horas, bloqueando o sistema neuromuscular e causando insuficiência respiratória, além de deixar a visão turva, dificultar a deglutição e provocar vômitos.
A espécie possui hábitos aquáticos e se alimenta de peixes e de vertebrados alongados, como outras cobras e lagartos.
Em relação à inoculação do veneno, o biólogo e ecologista Igor Yuri Fernandes relata que está associado ao tipo de dentição da mesma:
“As cobras-corais-verdadeiras pertencem à família Elapidae, que é a mesma família das najas e de algumas cobras marinhas. Elas tem um tipo de dentição que a gente chama de proteróglifa, ou seja dentes que parecem uma agulha hipodérmica e eles conseguem inocular o veneno. São na parte frontal da boca e são bem pequenos”,
Falsas-corais são peçonhentas, afinal?
Dentre as mais de 52 espécies de cobras consideradas não peçonhentas no Brasil, estão as falsas-corais. Elas apresentam o mesmo padrão de cor das corais verdadeiras, com algumas exceções, e podem achatar o corpo e enrodilhar a cauda, o que também é feita pelas corais.
Encontrada em grande parte do território brasileiro, inclusive na Amazônia, alguns pesquisadores afirmam que a falsa-coral possui uma glândula de veneno, apesar de serem consideradas não peçonhentas. Contudo, por essa glândula estar na parte de trás da boca, muitas vezes o veneno não é inoculado em uma picada e não causam tantos problemas quanto a picada de uma coral verdadeira.
“As falsas-corais têm uma glândula que não é propriamente de veneno, alguns autores classificam como glândula de veneno, outros não, que é a glândula de duvernoy. Ela produz o veneno mas se localiza na parte posterior da boca. Na hora que as falsas corais que possuem esse tipo de dentição mordem, a mordida pode ser superficial, só com os dentes da frente e ela acaba não inoculando esse veneno”, esclarece Igor.
Em resumo, a proximidade na aparência das duas não é por acaso. Com o intuito de confundir possíveis predadores com a ideia de ser mais perigosa, a falsa coral chega a imitar a verdadeira, o que ajuda na sua sobrevivência na selva.
Acidentes com cobras
Em casos de mordidas por ambas espécies, o recomendado é se dirigir rapidamente ao hospital ou postos de atendimento. No caso da coral-verdadeira, o estado de saúde deve ser considerado grave. Já com a falsa-coral, a pessoa deve tomar uma dose do soro específico proporcional à gravidade do acidente.
Abaixo você é capaz de identificar se é uma cobra coral verdadeira ou falsa? Coloque sua resposta nos comentários.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.