Internada a mais de um mês internada na Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá, a bebê indígena que foi enterrada viva pela família em Canarana, a 838 km de Cuiabá, deixou o hospital na última quarta-feira (10/7) e em seguida foi levada de avião para um abrigo do município.
Bebê indígena que foi enterrada viva deixa hospital e é levada de avião para abrigo – Imagem: Divulgação
A bebê foi acompanha da representantes do Ministério Público Estadual (MPE), de acordo com a unidade hospitalar. O órgão havia solicitado à Justiça que a recém-nascida fosse levada para um abrigo e o pedido foi aceito pelo juiz Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível de Canarana.
Os pais da criança são menores de idade e de etnia diferentes, eles foram ouvidos pela polícia e manifestaram interesse em ficar com a criança.
A recém-nascida foi resgatada após ficar 6 horas enterrada. A avó do bebê, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, e a bisavó, Kutsamin Kamayura, de 57 anos, foram presas e teriam premeditado o crime.
A bisavó alegou à polícia que enterrou a menina por acreditar que ela estivesse morta. As investigações apontaram que elas não aceitavam a criança pelo fato dela ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia.
As duas foram soltas e usam tornozeleira eletrônica por determinação da Justiça.
O Ministério Público Federal requisitou um estudo antropológico, que deve nortear a situação.