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2 anos atrásno
Na última segunda-feira (17) a Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF prendeu na cidade satélite de Santa Maria – PF o serralheiro Fellipe Alves, 22 anos, apontado como responsável pelo vazamento das fotos da cantora Marília Mendonça no IML – Instituto Médico Legal. Fellipe Alvez tinha uma coleção de fotos de famosos que morreram em acidente aéreo e postava tudo no Twitter e em seus grupos do Telegram e Facebook.
Além da cantora Marília Mendonça, Fellipe Alves postava fotos e vídeos de famosos mortos no IML ou no momento do resgate. Sempre com material privilegiado para manter seu perfil no Twitter bastante ativo, com publicações alcançando perto de 1 milhão de pessoas, apesar de ter poucos seguidores declarados (3.299). A página disseminava arquivos de vídeo envolvendo acidentes trágicos e tinha personalidades artísticas como vítimas. O autor chegava a debochar das tragédias em postagens na rede social.
A coluna Na Mira identificou o perfil usado pelo criminoso – que teve a prisão preventiva pedida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – para disseminar as imagens vazadas de laudos periciais feitos em Institutos de Medicina Legal (IML). Cheias de ódio e ironia, as publicações de Fellipe Alves zombavam de cantores como Gabriel Diniz, morto em 2019, vítima de um acidente aéreo em Sergipe.
O criminoso publicou um vídeo com o corpo do artista boiando em um rio e legendou: “Gabriel Diniz nadando”. Em outra postagem, Fellipe usou o perfil para avisar aos seguidores que possui fotos dos corpos de Marília Mendonça e de Cristiano Araújo. “Também tenho fotos dos Mamonas Assassinas. Entrem em meu grupo no Telegram”, diz o rapaz. Ele foi preso no âmbito da Operação Fenrir, deflagrada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
A investigação apontou que o suspeito compartilhava o conteúdo indiscriminadamente. A operação, batizada de Fenrir – um lobo monstruoso, segundo a mitologia nórdica –, tem o objetivo de reprimir os crimes envolvendo o vazamento desse tipo de imagem na internet. Fellipe deve passar por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (18/4), quando será decidido pela soltura ou pela conversão da prisão dele para preventiva.
As imagens foram obtidas de forma clandestina por Fellipe e distribuídas sem censura na internet. No perfil que mantém no Twitter, o criminoso também fazia menção a tragédias envolvendo personalidades famosas ocorridas há décadas. Em uma das publicações, ele prometia distribuir fotos dos corpos dos integrantes da banda Mamonas Assassinas. O grupo foi vítima de um acidente de avião em 2 de março de 1996.
Além de fazer chacota com a morte de uma série de artistas, que tiveram suas imagens compartilhadas cruelmente depois de falecidos, o criminoso fez posts destilando ódio contra o presidente Lula. “Um gor3 que algum (dia) vou postar aqui com muita alegria é do Lula.”, demonstrando que poderia ser bolsonarista.
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