Ao comentar os desaparecimentos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o assassinato da missionária norte americana brasileira Doroty Stang, em 2005 no Pará.
Para Bolsonaro, na época, ninguém culpou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela morte. O presidente vem sendo cobrado internacionalmente pela busca dos desaparecidos.
“Pelo que tudo indica, nas próximas horas, isso será desvendado, esse desaparecimento. E desde o primeiro dia, domingo retrasado, a nossa Marinha estava em campo. Tão me culpando agora por isso. Quando mataram a Dorothy Sting lá trás ninguém culpou o governo, era de esquerda. Mas tudo bem”, afirmou o presidente.
Na época, Lula foi criticado pela morte da missionária. Isso porque, as autoridades federais tinham sido avisadas que ela estava sendo ameaçada de morte.
A morte da missionária aconteceu em 2005 no município de Anapu, no Pará. Seus executores estavam a mando do fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, que pretendia eliminar um dos grandes nomes na mediação de conflitos agrários.
Dorothy sempre agiu na defesa dos trabalhadores rurais sem terra no estado. Desde sua chegada à Amazônia, ela dedicou-se a defender o direito à terra para camponeses e à criação de projetos de proteção da floresta, agindo junto à população e ao governo.
Doroty Stang, em 2005 no Pará.