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4 anos atrásno
A mais recente empresa a conseguir aprovar uma vacina de uso emergencial contra o coronavírus é a empresa Johnson & Johnson, que conseguiu a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamento nos Estados Unidos, para uso emergencial da vacina de dose única contra o coronavírus. Tão logo aprovou, os Estados Unidos garantiram logo mais 100 milhões de doses para sua população.
Acompanhando os Estados Unidos, outros 87 países compraram um montante de 509 milhões de doses confirmadas (apesar da maioria ainda não ter feito o registro definitivo ou garantido o uso emergencial). Por enquanto, só a África do Sul iniciou sua campanha de vacinação com a vacina da J&J, que teve início em 17 de fevereiro.
Os países e blocos que já confirmaram a compra de suas doses da J&J são: União Europeia, União Africana, Reino Unido, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Chile e Nova Zelândia. Ainda não há confirmações de quantas doses possivelmente serão compradas para a região da América Látina.
Enquanto isso, o Brasil fica de fora da única vacina de uma dose que já passou da última fase de testes clínicos. A J&J já teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação da vacina em três empresas brasileiras, porém, até agora o órgão aguarda o pedido para registro definitivo ou uso emergencial.
O motivo para o atraso, de acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, seria a falta de flexibilização no acordo entre a farmacêutica Janssen e o governo brasileiro. “Temos sido muito duros, e eles (laboratórios) mais duros do que a gente, ou seja, eles não afrouxam uma vírgula (dos contratos). Nós levamos o problema ao governo, que está tratando isso junto ao Congresso e está se discutindo a possibilidade de termos flexibilização de lei para isso”, declarou o ministro em coletiva de imprensa.
O presidente Jair Bolsonaro citou, em coletiva de imprensa em Rio Branco na última quarta-feira (24), que os contratos com os laboratórios incluem cláusulas de não responsabilização dos fabricantes do imunizantes por eventuais efeitos colaterais.
Por causa disso, o presidente ressaltou que quem der a última palavra sobre a autorização de compra dos imunizantes terá nas mãos uma questão de “extrema responsabilidade”.
“É uma coisa de extrema responsabilidade quem porventura no Brasil tiver que dar a palavra final, se sou eu como presidente, se é o Parlamento derrubando um possível veto (presidencial) ou se é o Supremo Tribunal Federal”, disse. “Agora, todas as cláusulas serão mostradas à população para que na ponta da linha cada um saiba o que está sendo aplicado”, observou.
A vacina da Pfizer com a alemã BioNTech também estava em um entrave com o governo brasileiro, mas a Anvisa concedeu o registro definitivo da vacina nesta terça-feira (23). Sua eficácia geral ficou acima de 90%, porém, por enquanto, nenhuma dose foi comprada.
A compra mais recente feita pelo Ministério da Saúde foi da Covaxin, produzida na Índia, na quinta-feira (25), que prevê a entrega de 20 milhões de doses entre março e maio.
Diferentemente das vacinas da Pfizer e da J&J, a vacina indiana ainda não poderá ser usada no país, uma vez que ainda não há registro definitivo nem autorização para uso emergencial feito pela Anvisa.
A vacina da J&J se mostrou 66% eficaz na prevenção da covid-19 de diversas variantes em um teste global com quase 44 mil pessoas, informou a empresa no mês passado. Sua eficácia variou em cada país onde foi testado: Estados Unidos obteve 72%; enquanto a América Latina teve 66% e a África do Sul 57%, mas, sua eficácia para impedir casos graves da doença foi de 85%.
A vacina da J&J é produzida do mesmo material utilizado no desenvolvimento da vacina do Ebola, que inclui o vírus inativado da gripe comum. Ela pode ser armazenada à temperatura de geladeiras normais, uma grande vantagem competitiva em países com uma infraestrutura de saúde relativamente mais fraca.
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