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6 anos atrásno
Após ataques de brasileiros, 1,2 mil venezuelanos deixaram o país, diz Exército
Após assalto e agressão a comerciante, imigrantes tiveram acampamentos queimados e foram expulsos de Pacaraima (RR), na fronteira com o país vizinho, no sábado (18). Cidade amanheceu com ruas vazias.
Cerca de 1,2 mil venezuelanos deixaram o Brasil após os ataques ocorridos neste sábado em Pacaraima (RR), disse no ultimo domingo (19) o coronel do Exército Hilel Zanatta, que comanda a operação Acolhida, de atendimento aos estrangeiros.
Segundo Zanatta, parte dos venezuelanos que saíram do Brasil estavam no centro de triagem dos imigrantes que chegam ao país. O posto chegou a suspender os atendimentos no sábado. A fronteira, por onde passam atualmente cerca de 800 estrangeiros por dia, permanece aberta, mas o fluxo de imigrantes caiu pela metade, afirmou Zanatta.
“Cerca de 1,2 mil cruzaram a fronteira de volta. Aqui de dentro do posto (de atendimento aos imigrantes), a gente contabilizou 500 pessoas em atendimento, e acreditamos que o restante eram venezuelanos moradores (de Pacaraima) que regressaram a Venezuela por questões de segurança”, afirmou o comandante.
Pacaraima, a 215 km de Boa Vista, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo a prefeitura, cerca de 1,5 mil imigrantes moravam nas ruas da cidade antes do tumulto – o número equivale a 10% da população local. Eles viviam em barracas improvisadas e em condições precárias.
O tumulto aconteceu no sábado após a família do comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, relatar à Polícia Militar que ele foi assaltado e agredido por venezuelanos na noite de sexta (17). Nenhum suspeito do crime foi preso até agora.
Ferido, ele teve que ser tirado da cidade para receber atendimento médico em um carro civil porque não tinham ambulâncias disponíveis no município – a do Hospital de Pacaraima Délio Tupinambá não estava na cidade e a da operação Acolhida não foi cedida.
No caminho até a capital, no entanto, o veículo em que Raimundo estava e a ambulância de Pacaraima se cruzaram, e ele foi socorrido e transportado nela até o Hospital Geral de Roraima, na capital.
Em retaliação ao ocorrido, moradores de Pacaraima se organizaram por redes sociais e atacaram acampamentos de venezuelanos. Os locais foram destruídos, queimados e os imigrantes foram mandados embora da cidade.
Com os ataques, muitos imigrantes deixaram Pacaraima. A maioria cruzou a fronteira e voltou para a Venezuela, mas também há relatos de alguns fugiram para áreas de mata e montanhas nos arredores do município.
Crise migratória
Pacaraima é a porta de entrada para venezuelanos que fogem da crise política, econômica e social no país de origem e entram no Brasil – estima-se que 800 estão cruzando a fronteira todos os dias.
O governo federal diz que, entre 2017 e junho deste ano, quase 128 mil venezuelanos entraram no Brasil pela cidade. Mais da metade deles, porém, deixou o país: 31,5 mil, voltou para a Venezuela pelo mesmo caminho, e os outros 37,4 mil saíram de avião ou por outras fronteiras terrestres.
Os moradores afirmam que o fluxo migratório e o crescente número de venezuelanos em situação de rua gerou insegurança no município, aumentando os índices de crimes e violência.
Confira vídeo:
Fonte: G1 Amazonas
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