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4 anos atrásno
Na madrugada da última quinta-feira (27), em um hotel de luxo localizado na rua Salvador, no bairro Adrianópolis, dois homens foram pra porrada e quase um mata o outro de tanto bater. O fato se deu dentro do Hotel Adrianópolis e envolveu o empresário e representante comercial Tiago de Souza Barros, de 32 anos, e o servidor público Wellinton Nunes da Silva, de 38 anos. Cada um deles deu sua versão dos fatos e o motivo de um quase matar o outro, a única coisa em comum, é que o ponto de partida foi: mulheres.
Wellinton ficou bastante machucado e precisou passar por cirurgia. Até ontem, ele corria o risco de perder a visão de um dos olhos. Já Tiago diz ter agido em legítima defesa.
Versão do empresário
Tiago contou que é representante comercial de cinco empresas e foi até o hotel acompanhado de um empresário, de um gerente comercial e de mais dois amigos. Eles pretendiam se hospedar no estabelecimento.
Segundo ele, Wellinton estava no local acompanhado de algumas mulheres. Por conta da quantidade de pessoas, o processo de check-in demorou mais que o normal.
“Estávamos no aguardo para o check-in e uma dessas meninas que estava com ele ficou nos olhando. Acredito que ele estava bastante embriagado e ficou com ciúmes porque, até então, só estava ele de homem no local. Logo em seguida, chegamos nós cinco. Ele já foi chegando e perguntando porque estávamos encarando a mulher. Respondi que era natural que olhássemos para as meninas, pois somos homens. Foi quando ele pegou o aparelho celular dele e começou a nos filmar. Fiquei constrangido com aquela situação e argumentei que ele não tinha o direito de nos filmar, pois nem sequer o conhecíamos. Foi quando ele veio para cima de mim e puxou uma faca. Fiquei com hematomas nos braços, nas pernas e estou com dificuldade para andar. Eu não ia morrer, meus amigos também. Eu agi em legítima defesa”, contou Tiago.
Versão do servidor público
Já a defesa de Wellinton alega que, na verdade, era Tiago que estaria acompanhado dos amigos e das mulheres, quando iniciou uma discussão entre o empresário e uma delas. O advogado Cândido Neto disse que todos estavam com os ânimos exaltados e o servidor público acabou virando o “bode expiatório”.
“Tiago começou a discutir com uma das mulheres e viu o meu cliente com um aparelho celular nas mãos. Ele e os amigos pensaram que o Wellinton estava filmando a situação, mas ele iria ligar para a esposa. A partir disso, eles o atacaram, que foi atingido em várias partes do corpo, inclusive na cabeça”.
O advogado Cândido Neto ainda revelou que o cliente só não foi morto porque contou com a ajuda de funcionários do hotel. O caso já foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
“As agressões só cessaram com a intervenção de um funcionário do hotel, que lutador de artes maciais. A Polícia Militar também chegou rapidamente. Meu cliente disse que só estava no local para deixar um amigo que estaria sob efeitos de bebidas alcoólicas e não queria dirigir. O amigo subiu para o quarto e meu cliente ficou na recepção no aguardo de um carro por aplicativo. Nesse momento, o grupo de Tiago chegou com as mulheres. Pelo fato do carro ter demorado, Wellinton pegou o celular para ligar para a esposa ir buscá-lo, e aí rolou toda a confusão. Eu vou pedir a instauração de um inquérito policial e a mudança da tipificação de lesão corporal para homicídio tentado. Entendemos que o fato só não se caracterizou em morte por circunstâncias alheias. Ele passou por cirurgia e, até ontem, corria o risco de perder a visão, pois um olho ficou muito comprometido”, declarou.
Procedimentos
Tanto o empresário, quanto o servidor público registraram boletins de ocorrência sobre o caso. Cada um com a sua versão. O caso deve ser transferido para o 16° DIP, que irá apurar as circunstâncias do caso. As imagens do circuito de segurança já foram solicitadas pela defesa de Wellinton e deverão ajudar a polícia a esclarecer os fatos.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.