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Em breve, o projeto “Lugares Que o Dia Não Me Deixa Ver”, idealizado pelo Espaço Cultural Casarão de Ideias, ganhará uma “nova roupagem” e passará a contar com painéis de vidro com traços de prédios históricos em pontos estratégicos da cidade, com o objetivo de proporcionar à população a visão de como eram essas construções antes do avanço da urbanização ou antes de serem abandonados pelo poder público em geral.
De acordo com João Fernandes, diretor do Casarão de Ideias e idealizador do projeto, esse “novo olhar” é uma forma de tornar o “Lugares Que o Dia Não Me Deixa Ver”, que completa 10 anos, algo permanente. “Anteriormente, utilizávamos iluminações cênicas nas construções para chamar a atenção da sociedade, mas somente por um curto espaço de tempo. Agora, com esses painéis fixos, poderemos tornar permanente a nossa proposta que é sempre resgatar a memória de uma Manaus que foi abandonada e/ou que passou pelo processo de urbanização”, comenta.
E o primeiro painel será em homenagem ao Cine Guarany, que foi primeiramente inaugurado em 21 de maio de 1907 e batizado de Cassino Teatro Julieta. Em seguida, foi chamado de Cine Alcazar, com estilo arquitetônico inspirado no Oriente, e somente depois foi nomeado de Cine Guarany. O prédio era localizado na confluência da rua Leovegildo Coelho, atual Floriano Peixoto, que dá prosseguimento para a atual avenida Getúlio Vargas com a Sete de Setembro.
“Além do painel de vidro, o público poderá ter acesso a um QR Code que mostrará informações sobre a construção histórica, além de proporcionar a visualização do modelo do prédio. Assim, poderemos manter viva a história da nossa Manaus, sempre com suporte da tecnologia. A nossa cidade precisa ter sua memória resgatada e preservada”, reforça Fernandes.
Ainda nesta segunda-feira (10), o diretor do Casarão de Ideias esteve em uma reunião com o setor de projetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Amazonas (Iphan), que já sinalizou uma parceria para que o “Lugares Que o Dia Não Me Deixa Ver” possa se tornar fixo em diversos pontos da cidade.
“Essas ações são uma opção para turistas que, muitas vezes, chegam em Manaus, mas sentem a necessidade de saber muito mais sobre sua história. E quando uma instituição como o Iphan ‘abraça’ essa causa, ganha um novo peso, uma nova importância. Estamos certos de que, em breve, outros painéis também poderão ser implementados em outras partes de Manaus”, finaliza João Fernandes.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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