Nesta quinta-feira (26/9), durante coletiva de imprensa, a Polícia Civil do Amazonas revelou detalhes assustadores sobre o Caso Babá Geovana. A trágica morte da jovem babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, chocou a população de Manaus e trouxe à tona uma trama de exploração, violência e crueldade envolvendo a própria patroa de Geovana, Camila Barroso, 33, que está presa sob suspeita de assassinato.
Exploração e Tortura
Geovana desapareceu em 18 de agosto e o corpo dela foi encontrado dois dias depois, com sinais de tortura. A jovem trabalhava na casa de Camila, que, segundo as investigações, explorava sexualmente a babá e outras meninas. A delegada Marília Campello, responsável pelo caso, afirmou que Camila mantinha Geovana em cárcere privado, forçando-a a realizar programas sexuais e ameaçando-a constantemente.
Geovana também estaria sendo preparada para ser “mula” do tráfico de drogas, com destino à Europa, onde transportaria entorpecentes dentro do próprio corpo.
Um dia antes do crime
De acordo com a delegada Marília Campello, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a babá estava na casa de uma amiga, quando começou a receber várias ligações da patroa Camila para voltar para residência onde morava. Porém, ao ser ignorada por Geovana, Camila foi até o local e retirou a jovem a força do lugar.
Ainda de acordo com a delegada, Geovana foi brutalmente agredida pois fotos do rosto da jovem repleto de hematomas foram tiradas pelo celular da própria babá na mesma data, no dia anterior ao crime.
No dia 19 de agosto, segundo a delegada, Camila enviou mensagens à amiga de Geovana, fingindo não saber do paradeiro da babá. Mas, de acordo com a polícia, a jovem já estaria morta.
A Prisão dos Envolvidos
Camila Barroso foi presa em 28 de agosto, acusada de ser a principal responsável pela morte de Geovana. Outro suspeito, Antônio Chelton Lopes de Oliveira, 25, também está preso, enquanto Eduardo Gomes da Silva, outro envolvido, segue foragido. A polícia ainda investiga a participação de um quarto suspeito, cujo nome não foi divulgado para não comprometer as investigações.
“As diligências continuam e pedimos a colaboração da população para qualquer informação sobre o paradeiro de Eduardo Gomes da Silva. Nosso foco é finalizar as investigações, remetendo o inquérito ao judiciário no prazo legal”, destacou a delegada.
Caso Geovana: Suspeita da morte da babá que estava desaparecida é presa em Manaus