Publicado
2 meses atrásno
Por
Jussara Melo
A amazonense Clisia Lima, de 35 anos, foi encontrada morta na última quarta-feira (30/10) em uma represa do Rio Jaguari, na cidade de Piracaia, interior de São Paulo. Clisia estava com os pés a as mãos amarradas, vestida com uma camiseta rasgada, calça abaixada na altura do joelho e hematomas na barriga.
Natural de Manacapuru, cidade do interior do Amazonas, distante 93 km de Manaus, Clisia estava morando em Bragança Paulista havia dois meses, onde vivia com o marido, Edson Fernando Cardoso, também de Manacapuru. o nas redes sociais.
Clisia foi encontrada dentro do rio, próxima a uma ponte de 20 metros de altura, com as mãos e pés amarrados e sinais de lesão na cabeça, a polícia teria sido acionada às 7h30. Segundo o delegado Sandro Montanari, da Seccional de Bragança Paulista, onde o caso é investigado, a vítima sofreu politraumatismo craniano, com fraturas na cabeça e na coluna, possivelmente causadas por um golpe de grande impacto. A ausência de sinais de luta no corpo levantou a suspeita de que o ataque teria ocorrido de forma inesperada.
Segundo o delegado, que coordenou os procedimentos no momento da ocorrência, Luiz Carlos Ziliotti, Clisia teria sido arremessada da ponte ainda com vida ainda na quarta-feira (30/10). ” No caso ela ainda estava com vida quando foi arremessada da ponte. Tudo indica que foi naquela manhã, o corpo ainda estava mole, ainda não estava com rigidez cadavérica. E porque as amarras das pernas estavam soltas já, da mão não. E quando ela caiu, embora ela tenha fraturado o pescoço e quebrado costelas, ela ainda estava respirando”, afirmou o delegado Ziliotti.
A Polícia Militar de São Paulo encontrou o corpo e, após identificar características que batiam com a descrição dada pela família, confirmou que se tratava de Clisia. Ao conversar com familiares, a polícia soube de um histórico de agressões de Edson contra a vítima, motivadas por ciúmes.
Edson Fernando Cardoso, de 36 anos, foi preso na última quinta-feira (31/10) na cidade de Extrema, em Minas Gerais. Ele era o marido e apontado como principal suspeito pela morte de Clísia. Edson, é engenheiro e também é natural de Manacapuru (AM), ele teve a prisão preventiva decretada e segue à disposição da Justiça.
De acordo com o delegado Luiz Carlos Ziliotti, Clisia havia feito um boletim de ocorrência, contra o companheiro, no mês de agosto deste ano, no município de Extrema, Minas Gerais. E uma das frases que Clisia atribuiu ao marido era “Se não é minha, não vai ser mais de ninguém“, afirmou o delegado.
Mensagens divulgadas por familiares e pela delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais do Amazonas, mostram que Clisia relatava agressões e ameaças constantes de Edson.
Em uma das conversas, ela afirmou que não estava acostumada a viver em São Paulo e revelou que o namorado tinha “arrependimentos” sobre a mudança. Em outras mensagens, ela descreveu episódios de humilhação e agressões físicas, além de mencionar que queria voltar ao Amazonas, mas que Edson pediu que aguardasse um pagamento, previsto para o dia 5 daquele mês, para que ela pudesse retornar.
Com a prisão de Edson, a polícia continua ouvindo familiares e amigos em busca de mais detalhes. A prisão temporária de 30 dias permite que as autoridades concluam as investigações e tentem esclarecer os motivos que levaram ao crime.
Com a confirmação da morte, a família de Clisia, inicialmente, iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos destinados ao translado do corpo para o Amazonas. Diante da repercussão do caso, o Governo do Amazonas se comprometeu a arcar com o transporte. O corpo chegará ao Aeroporto Internacional de Manaus na madrugada deste domingo (3), onde deverá ser recebido por familiares e amigos.
O velório acontecerá na Funerária Almir Neves, no Centro de Manaus, e o sepultamento será realizado no município de Rio Preto da Eva, onde residem os pais de Clisia.
A família divulgou uma nota de agradecimento, encerrando a campanha de arrecadação e expressando gratidão pelo apoio recebido.
Agora, as investigações se concentram em entender a dinâmica e motivação do crime, enquanto a prisão temporária de Edson segue válida. A casos de feminicídio e o alerta vem aumentado todos os dias no Amazonas. É de suma importância que as mulheres não ignorem sinais de violência em seus relacionamentos.
Em meio às investigações, a delegada Joyce Coelho utilizou as redes sociais para alertar sobre os sinais de violência doméstica, destacando que Clísia é mais uma vítima de feminicídio. A delegada Débora Mafra, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, também ressaltou que casos de violência precisam ser reportados antes que se agravem, incentivando outras mulheres a denunciarem agressões e se afastarem de relacionamentos abusivos.
Saiba das mensagens enviadas por Clisia antes de ser assassinada:
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