Durante as investigações sobre a morte da ex-sinhazinha, o delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, revelou um fato surpreendente: a família de Djidja usava Potenay, um tipo de anabolizante, suplemento vitamínico e estimulante para bois, cavalos e outros animais de grande porte.
A informação inédita veio à tona após a polícia cumprir mandados de busca e apreensão em massa, na tarde desta sexta-feira em clínicas veterinárias de Manaus. Durante as diligencias foram encontrados equipamentos eletrônicos, computadores, celulares, documentos e Potenay, supostamente destinados aos rituais da família de Djidja na seita Pai, mãe, vida.
“Identificamos que eles utilizavam não só a ketamina, como também o Potenay e outras substâncias alternativas, como cogumelos, chás e maconha”, disse o delegado Cícero.
O Potenay, utilizado para melhorar o desempenho de animais, contém cafeína e vitaminas do complexo B. No entanto, o uso por humanos, principalmente entre frequentadores de academias, pode causar derrames cerebrais e paradas cardíacas devido à elevação da pressão sanguínea.
Uso de Potenay causou morte de modelo no Brasil
Um caso trágico envolvendo o Potenay foi a morte da modelo Raquel Santos, de 28 anos, após procedimentos estéticos, em janeiro de 2016. Segundo o viúvo de Raquel, a modelo injetava Potenay nas pernas antes de malhar, além de associar ao consumo excessivo de cigarro diariamente.
Especialistas alertam para os perigos do Potenay em humanos, que pode causar taquiarritmia, complicações cardiovasculares e neurológicas, especialmente em altas dosagens indicadas para animais de grande porte.
Raquel deixou dois filhos, um de 8 anos e outro de 12. A tragédia ressalta os riscos do uso inadequado de medicamentos veterinários e a necessidade de conscientização sobre os perigos.
Uma das drogas apreendidas pela polícia no Caso Djidja: foi a potenay que causa alucinações e agressividade – Imagem: Reprodução